quinta-feira, 2 de abril de 2009

Axé na veia

Sabe aquela sensação de borboletas no estômago, vontade de gritar sem motivo, arrepios constantes, sorriso besta estampado na cara 24 horas, mãos suando, ansiedade, pressa com o tempo que não passa, olho cheio d'água a todo instante que uma música toca? Então... Esses sintomas são um dos principais que tomam conta de mim quando a doença do axé se aproxima. É uma febre que chega a ser contagiante. É uma sensação que ninguém entende. Todos que tentam compreender acabam dando como caso perdido e titulam essa minha reação como loucura ou exagero. Dá até uma tristeza perceber a insensibilidade de muitas pessoas. Pode ser loucura pra uns, exagero para outros, mas para mim significa muito mais do que possam imaginar. É algo incontrolável que toma conta dos meus pensamentos, é uma felicidade que invande meu ser, uma vontade maluca de sair pulando que nem pipoca, o coração é movido a esse estilo de música que tanto me fascina. Chega a ser crueldade ter que saber de festas relacionadas ao axé e não poder ir, enquanto outros que nem curtem, tem a chance de ir simplesmente pelo motivo de acompanhar a grande maioria ou pra beijar na boca, o que é pior ainda. Não julgo o comportamento dos outros, tão pouco me importo com o que cada um faz por lá. Minha única revolta é com o fato de eu estar em casa enquanto outros que nem entendem o axé estão lá desperdiçando dinheiro e tempo. O axé é mágico. Ele embala minha vida, me dá alegria até nos meus piores dias. Axé pra mim é coração, emoção. As festas de axé são o meu lugar, o meu melhor lugar. Arriscaria até dizer que é para mim o melhor lugar do mundo. Ali eu me encontro, me encaixo, pinto e bordo, sozinha ou não. O axé me trouxe amigos, me trouxe histórias verdadeiras, me trouxe motivos para sorrir, me trouxe ídolos principalmente, me trouxe paixão, me trouxe a dança e me trouxe mais do que nunca, os melhores dias da minha vida. Está enganado quem julga que o axé é incapaz de criar isso em uma pessoa. Está enganado quem julga que tudo isso é exagero. Quem julga, estará sendo injusto. No mundo existe lugar para tudo e todos, diversidade é livre. O axé tem lugar no mundo, tem lugar verdadeiro nas pessoas que enxergam como eu. O axé é uma das melhores batidas do meu coração. Por mais que eu falte nas festas em que o axé se apresenta, jamais deixarei de tentar alcança-lo, onde quer que ele vá. Não termino a minha vida sem conhecer todas as fronteiras do axé. Sou 100% axé, 100% micareteira. o// E estou gritando pro mundo inteiro ouvir: Eu amo o axé

6 comentários:

Nanda disse...

Eu confesso que não gosto muito de axé...Mas sabe que uma vez fui em uma micareta e gradeei muitoo! rsrs
A alegria das pessoas contagia!
E isso é o mais importante!

beijo .. ;* adorei o post!

Bruna Bo disse...

Eu sinto esses sintomas todos quando ouço um solo de guitarra ou quando passo a noite em baladas GLS da vida ouvindo tribal house até o sol raiar.
Ótimo texto, Teté. Beijo, amor. :*

Fernanda H.A. disse...

Ah, não digo axé. Eu digo música.
Sinto isso quando ouço uma música que além de som é poesia, que agrada aos ouvidos e a alma, que encanta o coração e dá vontade de dançar. Não digo só meu estimado rock, mas digo música (de novo)!

Adorei o texto!
Bgsmil :*

Alessandra Castro disse...

Acho que o que faz a festa é a turma mesmo. Até velorio pode ser animado.

Adrielly Soares disse...

Não sou muito fã das micaretas, aqui só toca axé em micaretas. Gosto mesmo eé de Rock and Roll. ;D

Isadora Ijano disse...

Wooooww! Adorei! Eu não gosto muito de axé, e confesso que já fui em micaretas sem nem gostar do grupo, sme saber uma música, mais por diversão mesmo, mas achei muito legal encontrar uma pessoa que gosta taaanto assim ;)
Beeeeeijoos!