quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não me atraio pelo gostar, eu necessito do amar


Andei percebendo ultimamente que eu tenho dado explicações do porque estou solteira e sozinha. A frase que mais me pego usando na grande maioria das vezes é essa: Não gosto do que é morno, não gosto do que é maios ou menos, não me contento com pouco e nem com meros sentimentos.
Há quem diga que eu to procurando problema, que to querendo me envolver com pessoas que vão me dar dor de cabeça, mas não concordo. Não é que eu esteja procurando propositalmente me encantar por pessoas erradas, simplesmente não fico mexida pelo que é certinho demais, pelo que é certeza demais. Quem se aproxima de mim tentando me conquistar pela metade, tentando ter algo sério comigo sem nem ao menos ter um sentimento forte o suficiente pra arrancar suspiros, não leva é nada. Não me atraio pelo gostar, eu necessito do amar. O que é 50% não me chama atenção, comigo ou é 100% ou nada, vá embora!
Posso me esforçar o tanto que for, posso querer gostar de alguém que tanto se demonstra disponível e bondoso pra mim, mas não funciona, não é algo que eu possa viver de boa vontade sem nem ao menos sentir que aquela pessoa vai me prender ao ponto de me fazer querer só ela e nem olhar mais para os lados.
Aí, tem sempre alguém que chega e diz que eu busco sofrimento, pois fico querendo gostar de caras errados, de índole duvidosa, com identidade fixa na safadeza e cachorrada. E mais uma vez eu explico...
Obvio que não desejo um cara infiel e insensível ao meu lado, pelo contrário, eu ainda tenho a síndrome do príncipe encantado. Eu sonho com alguém bom sim, que vá me conquistar como ninguém nunca fez antes. O que não entendem é que melhor do que encontrar o cara certo, é conseguir transformar o cara errado no cara certo pra mim. Todos os homens passam por fases, e da mesma forma em que entram na fase da galinhagem, traições e falta de respeito, eles saem. O cara ruim de hoje, pode ser o cara bom de amanhã. O sapo de ontem, pode ser o príncipe de hoje. E o namorado infiel hoje de tal fulana, pode ser o cara fiel de amanhã de ciclana. É um ciclo, onde tudo se modifica e todos se modificam. Basta cada um encontrar seu par perfeito na hora certa.
Eu já não sei de mim. Pode ser que minha cara metade já tenha entrado na minha vida e saido, pode ser que esteja por aqui camuflado de amigo, pode existir mil possibilidades de já te-lo conhecido ou não. Mas o que conta mesmo para que alguém conquiste minha atenção 24 horas é exatamente a tal da química, o respeito misturado com a malícia, o carinho envolvido na pegada, um elogio enganchado num beijo, a calma unida à vontade... Não é que eu não goste do simples ou descarte o perigoso. Lembra que falei que comigo tem que ser 100%? Então... Se a simplicidade vier de mãos dadas com o perigo e souber fazer brotar borboletas no meu estômago e me surpreender dia após dia, com certeza o jogo estará ganho. É horrível estar com alguém e sentir que a pessoa não se esforça pra agradar, pois, pensa que já conquistou, ou estar com alguém que parece esperar um manual com todas as dicas sobre o que fazer para me ganhar, ou pior ainda, estar com alguém que não sabe nem que tem que conquistar. É por isso que eu sempre digo: Homem tem que saber ser homem!
O pior é quando interpretam essa frase levando a masculinidade pelo lado da brutalidade, do puxão de cabelo doloroso, do beijo apertado que machuca, e pensam que assim estarão fazendo a mulher satisfeita. Desculpem-me as que gostam de homens das cavernas, mas comigo isso definitivamente não funciona. Uma pegada com jeito é totalmente diferente de falta de coordenação motora misturada com agressividade e pressa. Sou totalmente a favor dos mimos usados na época da minha avó. Flores, flertes, gentilezas, cavalheirismo, cartas, muuuuito romantismo. Me derreto toda.
Mas enfim, não irei entregar o jogo de bandeja para os marmanjos que por aqui passarem, volto a repetir, que gosto de ser surpreendida e conquistada dia após dia. Se estou solteira, sozinha ou não, é por escolha minha e falta de pessoas capacitadas para abalarem minhas estruturas. Sou a favor mesmo de alguém que mova montanhas, me arranque suspiros, faça declarações, me tire o sono, me faça sorrir atoa e pare meu mundo. Quero estar com quem me faça sentir completa, com quem me mate de saudades e me deixe sentir que nada mais me falta e o resto das pessoas que passam por mim são pequenas perto de tudo que sinto por quem vai me fazer amar. Não é tarefa fácil, eu sei. Estou buscando agulha no palheiro. Mas prefiro assim, pois, quando encontrar, me sentirei privilégiada, irei viver tudo que sempre esperei com alguém que vale a pena e que vai saber me conquistar num piscar de olhos como se sempre tivesse lido meu manual sem nem ao menos precisar que eu fale. Não gosto e nem aceito metades, tem que ser intenso, tem que fazer a diferença!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Amor que é amor, permanece amor, mesmo que mude


“Tereza: Eu sempre te amei mais do que você se importava em ser amado, e por ter te amado muito, eu sempre perdoei tudo que você fez pra perder meu amor. Olha que você se esforçou, porque você fez tudo pra que eu te odiasse, fugisse de você, sumisse da sua vida, deixasse você livre pras suas aventuras.

Marcos: E pelo visto eu consegui.

Tereza: Não. Isso é que é o pior.”

Semana passada, não me recordo mais do dia exato, eu anotei esse diálogo da Tereza e do Marcos da novela viver a vida porque senti que era pra mim.
Às vezes muito do que se quer expressar soa melhor na voz de outras pessoas, ou parece mais bonito sendo vivido também por outros. A escolha das palavras certas, a simplicidade dita no que parece tão dificil na prática se passou ali na TV a minha frente aquele dia e eu senti que deveria guardar.
Nada melhor do que escrever sobre.
Eis que me vejo encaixada em cada palavra, em cada pedacinho de dor que a personagem demonstrava.
É assim para mim, exatamente da forma que foi descrita.
Amei e sei ainda ser capaz de amar da forma mais sublime e grandiosa que se pode existir, mesmo percebendo que a pessoa sequer valoriza o grau de sentimento que lhe dedico. A diferença entre eu e quem me ama está na dor da falta de correspondência e no perdão que eu sei usar mesmo quando não deveria. Quando amo, amo simplesmente e não penso duas vezes. Me entrego, me jogo, me permito viver intensamente o amor e suas mais variadas formas de me fazer feliz. Exatamente por ser assim, não consigo guardar mágoas de quem não tenha valorizado meu sentimento. Podem errar comigo, podem me machucar, mas ainda assim, se existir amor, eu saberei distinguir o passado do presente e perdoarei. Não esqueço, é demais pedir que se esqueça dos erros cometidos, das dores que me trouxeram injustamente enquanto eu amava da forma mais pura e mágica. Mas jamais negaria ou negarei perdão e aproximação a quem eu amei ou amo.
E como disse a Tereza na novela, isso é o pior de tudo. Não existe nada que me faça mudar, que me faça largar a bondade, o perdão. Sou do amor, vivo pelo amor e ele não combina com nada que vá contra a isso, dessa forma eu vivo de acordo com todos os sentimentos favoráveis ao que é bom, ao que uni as pessoas, ao que tras paz, compreensão.
Quem eu amei algum dia será sempre amado. Não importa o que aconteça, amor que é amor, permanece amor, mesmo que mude.