sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Parte VI: O mais estranho amor da minha vida

Continuação... Texto para o blog: Amores-cruzados

Minhas dúvidas e medos me acordaram mais cedo do que normalmente. Eu tinha certeza que não conseguiria dormir então fui logo tomar banho pra terminar de acordar e ver se assim meu astral se renovava. Minha noite anterior tinha me rendido muitas confusões na cabeça e nenhuma solução. Meu banho foi mais demorado do que poderia ser, eu havia realmente esquecido da vida ali embaixo d’água. Corri para o quarto para terminar de me vestir, tomei um café empurrado e sai porta afora deixando minha avó meio impaciente com minha pressa. Mas naquele momento eu quase pude sentir uma pontada de arrependimento me falando que eu não deveria era ter saído de casa. Eis que na minha rua, estava estacionado o carro de Danton e a me ver sair de casa, a porta do lado do passageiro se abriu na intenção de me convidar a entrar. Apreensiva eu me aproximei, pensei duas vezes antes de sentar no banco, mas como eu não arrumei uma desculpa rápida, entrei no carro. Danton me olhava com olhos maravilhados e plenos de felicidade. Já eu... Mal conseguia corresponder aos olhares dele:
- Paula, por favor, antes de qualquer coisa eu quero que você me perdoe por todo o mistério e pelo sumiço. Sei que eu deveria ter lhe dado explicações óbvias, mas acredite, não tive o mínimo de tempo. Aquele último dia em que nos vimos eu estava prestes a resolver um grande problema, mas a única coisa que ficava na minha cabeça era o tempo que talvez eu precisasse ficar longe de você.
- Não temos nada e eu muito menos tenho a ver com sua vida, não se preocupe, está tudo bem, você não precisa me dar satisfações.
- Preciso sim! Não banque a menina forte comigo porque eu ainda sei decifrar seus olhos e vejo neles muita angústia comigo.
- Não, é impressão sua, está tudo bem mesmo, só estou cansada, não dormi muito bem.
Eu tentava mentir, tentava disfarçar minhas verdadeiras chateações e tudo que passei durante o tempo em que ele havia sumido, mas eu estava enganada ao pensar que poderia enrolar ele assim:
- Paula, minha linda, não precisa mentir nem esconder seus verdadeiros sentimentos de mim. Estou aqui entregue a você, querendo te explicar o porquê de tudo aquilo... Confie em mim, é só o que eu te peço.
- Ta certo! Se você faz questão... Mas será que, por favor, agora eu posso ir para minha aula porque já estou mais do que atrasada?
- Não pense você que fugindo de mim vai adiantar. Jamais vou atrapalhar sua vida e compromissos, mas adiar as coisas não é bom, pelo contrário, eu já me senti mal demais com toda essa história em que tive que esconder de você.
- Danton, eu só não entendo porque você insiste em me colocar na sua vida e a par das suas ações se eu nem mesmo tenho algum compromisso com você.
- Não temos porque não tive nem tempo para isso ainda. Te esperei por tanto tempo... Te procurei por mais tempo ainda e não vai ser por um problema na minha vida e um tempo distante de você que eu vou desistir de lutar pelo seu amor.
- Ok! Não vamos mais martelar nisso. Aceito suas desculpas e aceito lhe dar oportunidade pra se explicar, mas de verdade, agora vou pra minha aula.
Eu não sabia de onde tinha conseguido arrancar tanta cautela e sabedoria ao conversar com ele. Acho que todo o tempo longe e tudo que pensei durante aqueles sofridos dias, havia me dado uma incrível harmonia e controle para usar quando estivesse prestes a enfrentá-lo cara a cara novamente. As minhas últimas palavras foram finalizadas com a minha abrupta ação de abrir a porta do carro, sair para o dia claro e fechar a porta novamente sem nem mesmo despedir de Danton. Eu não estava preocupada com o que ele poderia pensar da minha educação. Naquele momento eu fiquei satisfeita comigo mesma e só procurei caminhar o mais rápido que pude para o colégio.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Uma vida sem amor não é vida

Acho que já deu pra perceber o quanto sou romântica, sonhadora e principalmente, o quanto acredito no amor. Depois de muito lutar contra pessoas que não me caíram bem, superar sofrimentos, desgostos, decepções e superar também até rejeições... Posso dizer que finalmente dessa vez eu creio ter acertado na decisão. Por vontade de Deus ou do destino, ganhei de volta um antigo passado e um belo presente. De inicio eu realmente fiquei apreensiva, com certas dúvidas, mais medos do que certezas e alegrias, mas como nem tudo é por acaso... Tive certa provinha de fogo pra me ajudar a finalizar ou finalmente encontrar a resposta que eu queria e precisava. É em momentos difíceis (pessoalmente dizendo), que a gente percebe sempre em quem se pode confiar e contar. Pois bem! Na área do amor isso também faz total sentido. Afinal, tive um momento ‘piti’ e meu queridíssimo passou com nota 10 na provinha. Não que eu tenha feito de propósito, que isso fique claro. Tudo aconteceu mesmo porque tinha que acontecer e BUM! Lá estava eu, rendida a fofura, carinho, compreensão e amor. Sim! Sim! Sim! Amor! Amor! Amor! Em pleno momento stress, ganhei a melhor sensação do mundo. Eu queria rir e chorar (e eu fiz tudo isso). Meu coração pulava como nunca, minhas pernas estavam bambas, meu estômago continha borboletas e eu estava tonta de amor. Rendi-me a todo aquele momento inesquecível que me deu uma das melhores noites da minha vida (sem maldades ok? Foi uma noite só de conversa, inocente). Eu não tenho palavras pra descrever tudo que se sente. Se fosse fácil descrever o amor e o que ele causa em nós, todo mundo já estaria em busca dele por perceber que ele é forte, lindo e RARO! Cheguei acima de tudo à conclusão de que muitos dos milhares de casais existentes no mundo simplesmente se gostam, sentem algo muito forte, mas nada comparado ao amor. Infelizmente esse privilégio é pra poucos. Não se deve nunca ter medo de sofrer pra encontrar o amor. Quem infelizmente ou felizmente passa por coisas assim e no fim da vida sente que ao olhar nos olhos do companheiro o coração ainda acelera e as pernas ficam bambas, pode ter certeza de ter vivido amor verdadeiro. Mas o resto? Pode dar adeus a chance de amar. A generalização do amor já não existe não é atoa. Muitos querem e poucos conseguem.
Estou feliz! Por amar e por ter essa sorte divina! Muito já sofri por pessoas nessa vida e vejo que nada é por acaso mesmo. Tudo e todos que enfrentam algum grande sofrimento e tiram disso sempre alguma experiência sem perder a vontade de viver, num futuro próximo poderão ser recompensados. E digo mais... Se for recompensado com o tal amor que muitos acham que vivem, essas pessoas assim como eu, vão ter vivido pra valer a pena. O amor não é pra quem quer, e sim pra quem merece. Sem querer ser convencida! Sei que ainda tenho muito que viver e com certeza nada é para sempre, mas positivismo na minha vida é mato! Tenho mais é que continuar pensando assim. Que fique esclarecido que o amor existe e vale a pena conhecê-lo, mais ainda, vale a pena vive-lo. Uma vida sem amor, não é vida!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Viver é melhor do que assistir

Enfim, não mais só. Enfim, acompanhada. Enfim, sendo mimada. Enfim, sendo vigiada. Ops! Pára tudo! Eu disse isso mesmo? Vigiada? Pois é! Acabo de crer que ainda existe gente futriqueira, mal-amada, atoa, sem ter o que fazer da vida e que fica por aí falando e falando da vida dos outros por talvez não ter nem o que viver de bom na própria vida. Todo mundo tem passado, todo mundo comete erros, todo mundo perdoa, volta atrás e mais do que nunca, todo mundo muda! Ninguém é perfeito, todos são filhos de Deus e sendo assim merecem ser felizes e merecem segunda chance – mas não uma terceira (dependendo do caso). Não consigo imaginar um real motivo que leve uma pessoa a ficar vasculhando o que os outros estão fazendo ou deixando de fazer em suas vidas. Isso é muito desrespeito pro meu ver. É muita cara de pau também. Mas fazer o que né? Virar novela das oito nem sempre é ruim. Como tudo tem seu lado positivo... Posso afinal transmitir pra todos que me assistem viver, boas experiências, dicas, conselhos, alertas e afins. O bom mesmo é saber que acima de tudo e TODOS, quem está realmente vivendo, sou eu. Se essas pessoas soubessem o quanto é melhor viver do que simplesmente assistir, elas jamais perderiam tempo com quem não lhes diz respeito. A felicidade só se encontra dentro de nós mesmos e durante a busca por ela. Parar pra ver quem já encontrou a sua própria felicidade só aumenta a vontade de tê-la e também aumenta o tempo perdido. Coitado de quem faz esforço pra tacar olho gordo na vida dos outros achando que assim conseguirá pra si o que tem de melhor no próximo. O que se ganha com isso na verdade é o dobro de coisa ruim que se manda pra quem já tem um escudo de proteção contra isso. E ainda digo mais... O segredo do escudo é a própria felicidade. Quando se encontra por conta própria, nada pode roubá-la.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A minha companheira indecisão

A tal indecisão mais uma vez bate na minha porta, ou seria conveniente dizer que bate mesmo é na minha cabeça? Ela simplesmente insiste em permanecer viva nos meus dias. Acho que nem consigo imaginar uma vez sequer que ela tenha me largado. Nasci pra ter ela como companheira, só é uma pena que ela não seja a minha melhor, talvez ela seja mesmo uma das piores. Tudo que acontece na minha vida ela tem que dar palpite. É cada martelada que ganho nos neurônios. Não sei mesmo como ainda não enlouqueci com isso. Quem é do signo de libra assim como eu, pode muito bem me entender. Certas amigas, mãe, namorado, irmã, acabam sendo meu porto de ajuda. Quando infelizmente já to saturada e brigando a beça com a indecisão insistente, peço socorro pra quem está mais próximo e sei que vai me acudir. Seja pela escolha de uma roupa ou até mesmo pela cor que vou usar na fonte de um texto, lá está à indecisão, se metendo onde não é chamada. Ai de mim se não fossem meus amigos e afins. A pior parte mesmo é quando a indecisão me atrapalha justamente nos sentimentos e pensamentos. Simplesmente piro nessas horas. Afinal, quanto mais penso, pior fico e quanto mais à indecisão consegue me convencer de sua existência inevitável, mais pensativa vou ficando. Ou seja, é uma bola de neve e sempre parece não ter fim. Ta confuso pra você? Imagine pra mim! Essa ladainha na vida é quase todo santo dia e pra qualquer tipo de ocasião. Será que isso tem algo lado positivo? Hum... Quer mesmo saber? NÃO SEI!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Vai entender...

Por que é tão mais difícil escrever quando se está de bem com a vida, feliz? Já cansei de ouvir que alma de poeta é triste mesmo, mas sei lá, não me julgo poeta, apenas uma escritora por hobby. Já escrevi tanta coisa ruim (assim eu julgo), que não poderia ser tão difícil nesse momento escrever também ao menos uma coisa qualquer. É como se a felicidade ocupasse todo o espaço da mente, fazendo assim com que toda a capacidade de escrever uma linha pelo menos, evaporasse. Mas, insistente como só eu mesma, estou aqui, criando abobrinhas para quem sabe trazer pra mim uma inspiração melhor ou um assunto melhor (haha). Isso é tão irônico não é mesmo? Deveria ser sempre o contrário. Conseguir escrever bem e muito, quando tudo estiver assim, mais alegre. Sinceramente... Nem sei se isso tudo que ocupa minha cabeça é pura felicidade. Pode ser também muita preocupação, muito pensamento acumulado ao mesmo tempo, aí causa essa falta de capacidade pra escrever. Mas ta bem, acho que já chega de baboseiras né? Escrevi, escrevi e não falei quase nada com nada. Completamente mais um texto inútil. A louca mania de não viver sem praticar a escrita fala mais alto. Vale a intenção!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

EU Conquistei

A solidão enfim foi embora. Não que ela estivesse me incomodando, pelo contrário, tava sendo bem aceita e encarada como uma nova fase. A paz por estar sozinha comigo mesma e bem, era suficiente. Não senti falta de nada nem ninguém. Eu simplesmente não precisava mais de nada nem ninguém. Acho que é por isso mesmo que a vida resolveu me dar um presentinho. Acredito muito que Deus sabe o que faz na minha vida e para a minha vida. Fico tranqüila assim, aconteça o que acontecer.
Recebi de volta o que já estava esquecido. Chegou de mansinho como quem não queria nada e de repente já estava me incomodando. Minha curiosidade em saber o que estava pra acontecer foi mais forte do que tudo. Sem perceber fui me envolvendo em um passado realmente sem fim. Um passado que foi renascendo para o presente. De início foi tudo muito complexo, mais agonia do que alivio, mais tristezas do que alegrias, mais desconfianças do que confianças. E depois tudo se perdeu... O passado se desfez, o presente embolou e o futuro aguardava ansioso. E o que ele aguardava, logo aconteceu. Uma nova história com uma pitada de saudade e boas recordações de um passado não tão apagado assim. Nem sempre tudo que eu penso ser, realmente é. Cheguei à conclusão que ás vezes posso enganar a mim mesma. Não que isso seja ruim... Nesse caso acho que foi até melhor assim. Mas a verdade mesmo, é que certas frustrações falaram mais alto do que qualquer sentimento bom que poderia ainda habitar em mim. Mas as magoas passam, as raivas também, o coração mole sempre fala mais alto e é por isso que certos passados não conseguem ser esquecidos eternamente. O que é pra ser, logo será. E o que é meu, sempre volta. Por mais que eu pensasse que não, eu tinha sim conquistado algumas coisas e pessoas já neste mundo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Parte V: O mais estranho amor da minha vida

Continuação... Texto para o blog: Amores-cruzados

Já faz mais de um mês que Danton me deu aquele beijo com gosto de despedida e tem exatamente o mesmo tempo em que eu simplesmente não consigo parar de pensar nele e em tudo que ele me disse. Procurei por respostas e todas as minhas tentativas e suposições fracassaram. Simplesmente não vejo mais saída a não ser desistir de toda aquela história. Estava mesmo muito boa pra ser verdade. Um estranho que de estranho não tinha nada, nem ao menos no primeiro contato que tivemos. Dias chuvosos ou não, mas que se tornaram perfeitos pra mim e enfim, sentimentos tão maravilhosos que eu nunca havia sentido por ninguém. Aquilo tudo era conto de fadas e eu não estava no lugar certo nem na hora certa. Nunca nasci pra fazer papel de donzela. Sempre me senti a mais comum e menos sem graça de todas. Tudo não passou de um sonho bom e eu precisava acordar pra vida, minha única e real vida, sem romances perfeitos, sem estranhos simpáticos e sem chance de mais sonhos como este. Minha angústia estava com os minutos contados e a hora era aquela.Esforcei-me ao máximo para trazer um pouco de animo pro meu novo dia e minha nova rotina que se iniciava sem direito a recaídas e muito menos passeios na ponte.Minha aula foi monótona, mas mesmo assim me mantive atenta a qualquer detalhe, seja na matéria, professor ou colegas de sala. Apeguei-me a tudo que podia me fazer pensar menos. O som do sinal avisando que começaria o ultimo horário de aula me fez sentir um frio na espinha como havia acontecido todos aqueles dias desde que Danton se foi. Aquele momento me fazia lembrar de tudo que passei pra conseguir encontrá-lo durante todo aquele sonho. Era um martírio tudo aquilo, só podia ser. Quanto mais me esforçava, mais eu encontrava motivos pra me fazer pensar que eu não podia desistir daquela história. Só que eu já havia me decidido, aquela história não era pra mim, não era minha e ponto final.A última aula pareceu uma eternidade. Tentei me infiltrar em conversas das minhas amigas mais próximas, mas não ajudou muito. Elas estavam inspiradas a falar de amor e eu estava me sentindo uma tremenda pateta. Escondi Danton de tudo e todos com medo de muitos curiosos e muitas opiniões contra. Agora eu tinha certeza que tinha feito a coisa certa, afinal, olha no que deu.Assim que bateu o sinal encerrando as aulas naquele dia, senti um alivio. Era como se minha casa agora fosse o meu refúgio, coisa que nunca havia sido. Mas era lá que eu me escondia do mundo atualmente. O mundo me deu uma nova alegria de viver e me tirou na mesma intensidade. Não era justo, mas também não era aceitável eu ficar me lamentando por isso o resto dos meus dias. Danton se foi, não sei por que, nem pra que e muito menos pra onde, mas o que importava mesmo é que ele tinha ido e nada do que ele disse poderia me consolar, pelo contrário, eu ficava indignada sem respostas no meio de tantas dúvidas e perguntas. Enfim, eu tinha que esquecê-lo.Ao chegar em casa, bati mais forte do que de costume a porta de entrada e foi aí que notei que minha cabeça já estava até doendo de tanto eu pensar em tudo aquilo. Minha avó nem se quer me xingou pelo barulho como teria feito em um dia normal. O silêncio que estava no primeiro andar era realmente um mistério. Subi as escadas com cautela procurando ouvir algum ruído que pudesse me fazer parar ou descobrir o que estava havendo. Foi então que minha avó me pegou desprevenida:- Paula, tem uma coisa pra você em seu quarto. Olhe e depois desça pra gente conversar.O tom de voz dela era calmo e parecia até estar brincando com as palavras quando disse que tinha uma coisa em meu quarto para mim.Abri a porta do meu quarto devagar, confesso que eu estava com medo do que poderia encontrar ali. Quando enfim a porta já estava totalmente aberta, me deparei com um vaso em cima da minha escrivaninha com milhões de rosas coloridas dentro dele. O quarto já exalava aquele perfume de rosas e eu aproximei sem entender o que estava acontecendo. Não me recordei de nenhuma data especial, ou seja, não consegui entender por que vovó estava me dando àquelas flores lindas.Ao lado direito do vaso tinha um pequeno envelope rosa bebe. Peguei-o e mais do que depressa abri, com curiosidade invadindo meus pensamentos:

“Minha linda! Estou morrendo de saudades. Não sabia como me aproximar de você pessoalmente, você deve estar esperando muitas respostas de mim então achei melhor ser cuidadoso com tudo isso. Desculpe por qualquer coisa e por tanto mistério. Tudo vai ser mais fácil e mais claro agora pra nós dois. Venha me ver amanhã no lugar de sempre.Com amor, Danton!”

Li, reli e me joguei na cama que era o assento mais próximo. Passei dias e dias esperando por um sinal dele. Tomei minha difícil decisão de apagar tudo que vivi com ele e sobre ele. E assim do nada ele ressurge? Quem ele pensa que é? Se ele pensa que tem algum controle sobre mim...O pior é que ele tem e eu tinha acabado de confirmar isso pela décima vez.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Desumano

- Me perdoa!
- Perdão tem que vir do coração e não da vontade de se redimir.
- Mas é de coração, acredite.
- Acreditar em você? Como? Você ta me pedindo coisas que você mesmo destruiu.
- Mas me arrependo por isso, por favor, me perdoa.
- Confiança é como cristal, depois que quebra, já era.
- Não seja tão dura comigo, eu gosto de você, eu to falando a verdade, acredite em mim pelo menos essa vez.
- Acreditei em você esse tempo todo, agora é a hora de eu acordar e não errar mais.
- Quem errou nessa história toda fui eu e por isso eu sei que te devo desculpas.
- Desculpas não me servem de nada agora. Perdoar é fácil, difícil é esquecer.
- Eu sei, me sinto mal por isso, mas a única coisa que posso fazer agora é começar assumindo meus erros.
- Errar é humano, mas brincar com a sinceridade e sentimentos alheios é desumano.
- Realmente você não vai aceitar que falo tudo isso de coração não é mesmo?
- Coração? Por que não usou ele antes? Ou será que ele nem existe?
- Vc tem o dom de acabar comigo.
- Vc colhe o que planta!
- Tudo bem, ja sei disso tudo, minha moral está em baixa mesmo, mas por favor, apenas aceite minhas desculpas.
- Eu aceitaria, se elas fossem verdadeiras. Em você não existe verdade nenhuma. Eu errei em talvez acreditar em você todo esse tempo, e você errou mais ainda em enganar a si mesmo achando que poderia viver uma coisa que é impossível pro seu tipo de vida. Não existe amor onde não existe coração. Não existe sinceridade onde não existe verdade. E não existe confiança onde não existe humanidade.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vamos tirar foto abraçando a árvore?

Depois da minha tediosa ação de fuçar orkut alheio até cansar de ver fotos, cheguei a uma conclusão. Em meio a vários álbuns de fotos, por que todo mundo sempre clica naquele que tem fotos especialmente únicas da pessoa dona das fotos em questão? Ta bom, também sou uma dessas pessoas que clica logo nas fotos pessoais invés das muitas de festas, viagens e amigos. Mas alou?! Foi por isso mesmo que me permiti entrar nessa teoria. Rostos belos, naturalmente rosados e completamente felizes já estão dando ar de falsidade não acham não? Ta bom, também confesso novamente ter um álbum deste no MEU orkut, mas mesmo assim vou continuar essa baboseira que não vai levar a lugar algum e com certeza sei que você aí vai continuar lendo. Prosseguindo... Sabe do que andei sentindo falta ao me deparar com foto de olhares e sorrisos perfeitos? Aquelas fotos que nos fazem rir naturalmente só de olhar, aquelas fotos em que conseguimos pegar pra nós o sentimento em que as pessoas da fotografia estavam no momento do “flash”. Sejam fotos retardadas ou não, espontâneas ou não, mas havendo história pra contar de cada uma delas, já vale muito mais. Pensa só! Uma foto de um grupo de amigos tendo um ataque de riso ao bater a foto não te faria sorrir junto só de imaginar a bagunça do momento deles? E quem sabe uma foto pulando na piscina? Quase todo mundo já teve uma dessa (menos eu). É delicioso ver aquilo, dá vontade de também querer participar, afinal, que piscina não dá vontade de pular hein? E aquela foto abraçando a árvore? Lembro-me bem de momentos assim. Precisavam de várias tentativas pra sair alguma boa porque sempre caíamos na gargalhada. Bastava dizer: Abraça a árvore ai amiga. Isso já garantia o motivo das risadas recíprocas.
Enfim, que venham mais fotos com direito a histórias pra contar e que exista mais valor pra esse tipo de álbum. E por favor, apreciem sem moderação, alegria alheia também é transmissível e pegar sentimento bom dos outros não é nenhum pecado, desde que peguem esses sentimentos na boa ação e nunca querendo tirá-la do verdadeiro dono.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Parte IV: O mais estranho amor da minha vida

Continuação... Texto para o blog: Amores-cruzados

Um novo dia começava e eu acordei com um sentimento de saudade apertando meu peito. Durante todas as minhas ações pela manhã eu me senti incomodada com aquilo que insistia em fazer cócegas no meu estômago e subia às vezes para o coração. Tentei me esforçar ao máximo para não lembrar do episódio do dia passado e muito menos de Danton. Era como se eu não quisesse descobrir ou confirmar para mim mesma que tudo aquilo era obra dele. Mesmo sem entender, eu tinha a mania de continuar fugindo do que poderia me fazer bem.
No colégio, nada parecia conseguir prender a minha atenção. Naturalmente já sou pensativa demais, mas tudo por dentro estava me deixando mais avoada do que de costume. Por vezes tentei pescar o que um professor ou outro dizia, mas tudo era sufocado pelo meu sentimento. Tentei ir lutando contra aquilo de diversas formas, mas nada parecia o bastante. A vontade que eu tinha de me encontrar com Danton era realmente extraordinária, porém, ainda assim, eu queria continuar mantendo certas distancias entre nós por mais que meu coração implorasse por uma maior aproximação. Era como se eu quisesse me jogar em seus braços e ser feliz. Mas nada poderia ser fácil assim, ou pelo menos até agora eu não estava facilitando nada.
À medida que o ultimo horário no colégio ia se aproximando, mais agoniada eu ia ficando, pelo meu encontro e por não agüentar mais essa história de ter que fugir da última aula, uma hora isso iria ficar insuportavelmente ridículo ao ponto de todos perceberem - se é que isso já não estava acontecendo – e logo iriam querer informar isso aos meus pais que de certa forma mal se importavam comigo devido a seus trabalhos que sempre roubavam seus preciosos tempos.
Enfim, dei meu jeitinho e fugi mais cedo. Caminhei cautelosamente por entre as ruas que eu tinha que passar até chegar à ponte. O que me incomodava por dentro estava me deixando nervosa e ansiosa, mais do que eu já ficava só de pensar em ver aquele sorriso na minha direção.
Ao chegar ao meio da ponte, encontrei com Danton sentado em um dos bancos, com a cabeça baixa como se observasse os sapatos e as mãos cruzadas firmemente. Eu poderia não ser uma observadora tão bem capaz como ele, mas consegui chegar à conclusão de que ele também parecia não muito bem naquele dia. Poderia julgar que ele estava aflito e preocupado com algo. Assim que ele levantou o olhar pra mim, percebi uma tristeza nunca vista antes habitando aqueles olhos que eu já tanto adorava. Ele se levantou rapidamente, indo na minha direção como se tivesse pressa em terminar logo com nosso encontro. Pegou minhas duas mãos, colocou em seu peito, firmou os olhos nos meus e mal me deu tempo de notar seu coração acelerado:
- Minha linda, eu quero que antes de tudo, você fique sabendo que jamais vou desistir de você ou te abandonar. Aconteça o que acontecer, vou sempre estar por perto, demore o tempo que for, ficaremos juntos.
E antes que eu pudesse me mover ou se quer perguntar o que estava havendo, ele me beijou. Um beijo que eu não poderia definir em palavras, olhares ou sorrisos. Era um primeiro entre nós, mas eu sentia que tinha certo gostinho de despedida. Meu coração pulsava acelerado e cada vez mais agoniado. Não tentei lutar contra ele e nem contra aquele momento, afinal, eu nem teria mesmo mais forças para isso. Assim que ele tirou seus lábios dos meus e me deu um pequeno sorriso, insinuei que iria começar a falar e ele tocou minha boca com o dedo indicador querendo me fazer calar. Olhei pra ele com curiosidade e desaprovação, mas a atitude dele em seguida conseguiu me fazer paralisar.
Ele simplesmente soltou minhas mãos, me olhou por um rápido segundo e me deu as costas, andando rapidamente em direção ao fim da ponte, atravessando em seguida as árvores ao lado e sumindo da minha vista.
Fiquei ali, parada, por alguns minutos ou quem sabe horas, eu não sabia dizer. Eu tinha milhões de perguntas, dúvidas e agora medos. O que ele quis dizer com tudo aquilo? O que estava acontecendo? Nem mesmo no beijo eu conseguia me concentrar. O que deveria ter sido perfeito tinha me deixado cada vez com mais incertezas na cabeça. Naquele momento, Danton tinha voltado a ser um estranho, e dessa vez um estranho realmente estranho.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Seja Bem-vindo (a)

Mais uma noite coloca os meus parafusos a prova e implica em me fazer trabalhar na redação da minha vida por mais uma vez. Escrever é quase como respirar, só é uma pena que nem sempre saia tudo tão perfeito e harmonioso como a respiração. Vontade de bater com os dedinhos nas teclas é o que não falta, mas a criatividade não está presente em todos os segundos que vivo querendo escrever. Por vezes me peguei editando textos que não tinham pé nem cabeça, sentido, começo e nem fim. Também em outras ocasiões escrevi, escrevi, e saiu aquele testamento né? E querem saber se ficou bom? Não! Quer dizer... Tem sempre alguém que valoriza as idéias alheias (e malucas minhas), mas eu mesma não consigo enxergar com os mesmos pontos de vista. Escrevo muito sim, mas isso não é sinônimo de qualidade 100% e sempre. Como eu mesma disse para uma amiga outro dia desses... “Às vezes olho o que fiz e ainda acho que poderia ter ficado melhor, que infelizmente não dei o melhor de mim”. E nessas circunstâncias, acredite, eu acabo ficando incomodada com aquele texto não tão bem feito assim. Mas, como nem tudo é perfeito e até mesmo o mais competente escritor erra, eu também sendo mais uma filha de Deus, me dou ao direito de não ser 100% como assim gostaria e mesmo brigando comigo mesma nos melhores ou piores textos, acabo sempre colocando eles aqui, expostos ao público. Então já entenda desde já, seja você novato ou não, que este blog é feito por hobby, nem tudo que está aqui é de agrado total a todos. Seja bem-vindo (a)! Este é meu dom, meu mundo particular, uma das partes da minha vida em que escrevo literalmente minhas histórias e também invento outras. É bom mesmo que fique claro que muita coisa que encontrará aqui não é de experiências reais ok? Não saia lendo tudo e crendo que tenho essa vida completamente bela, maluca ou monótona (dependendo do que você for ler). Fique a vontade, gostando ou não, viajando ou não. Uma parte de mim está aqui e a outra permanecerá sempre entre as chaves de neurônios da minha grande e sonhadora mente.

domingo, 2 de novembro de 2008

Vivendo e aprendendo

Nunca pensei que estaria em dias como esse, solteira, sozinha & bem! As experiências passadas sempre me renderam aprendizados de grande porte, mas jamais me fez ser uma nova pessoa, de tal forma que eu me sentiria completa por mim mesma. Tentei chegar a diversas conclusões sobre medos, traumas, bloqueios e distancias que imponho entre mim e um outro alguém sem nem mesmo perceber. As conclusões valeram? Só se for pra me fazer enxergar o outro lado. Aquele em que me vi realmente em paz de espírito e mente. Tudo bem, admito que pego pesado com quem tente se aproximar (tenho meus motivos ou explicações). Mas isso é o tipo de coisa que já não faz mais sentido, pelo menos não nesse momento em que estou. Aliás, nada agora ta fazendo sentido a não ser eu mesma e tudo que sonhei sozinha. Posso ainda ser aquela menina-mulher que sobrevivia melhor os dias de luta com o coração insuportavelmente cheio de amor, mas agora isso mudou um pouco de figura. Essa menina-mulher deu prioridade pra si mesma acima de tudo e todos. Egoísmo? Egocentrismo? Revolta? Não! De forma alguma me adaptaria a esses estilos de vida. Confesso, já tentei me mudar em ações e pensamentos pra ver se assim aprendia mais sobre a sobrevivência nesse mundo, mas não deu certo (ainda bem). Meu “eu” falou mais alto e não tem jeito, caminhar com calma e cautela ainda é o melhor. Essa fase é uma prova disto. Sem eu fazer força, me tornei adepta de uma nova rotina, nova sensação, nova busca que antes eu não imaginava pra mim. A melhor classificação pra isso? Amadurecimento! Recomendo. Seja ele pequeno, grande, por querer ou a força, qualquer tipo de amadurecimento vale. E mais do que nunca, qualquer tipo de independência também é bem-vindo. Mas nada disso implica em viver realmente solitário. Até mesmo porque as melhores coisas da vida só acontecem quando menos esperamos. Não que eu queira, mas não vou solicitar da palavra “nunca” agora, pois já quebrei muito a cara quando a usei. Ta aí, vivendo e aprendendo!