Sempre fui uma completa romântica, a moda antiga ou não, mas, sempre atolada de muito romantismo. Todos os meus relacionamentos por menor tempo que durassem, me levavam a analisar todos os lados românticos que o cara poderia ter comigo. Meus sonhos me levavam a procurar um incalculável príncipe. Eu sabia que “príncipes” só existiam em fantasia e que ficar esperando perfeições só me levariam á futuras frustrações. Mas, para ser sincera, eu sabia diferenciar “príncipes” reais dos de historinhas. Eu esperava por aquele príncipe sem cavalo branco, mas, com muita educação. Sem baús de ouro, mas, com um bom coração. Sem um castelo, mas, com muita vontade de me fazer sorrir acima de tudo. Eu nunca fiz listas de exigências e também nunca acreditei em homens perfeitos. Pelo contrário, eu tinha e tenho total consciência de que as pessoas imperfeitas, com bagagens de um passado, família e problemas, são aquelas em que tem histórias de verdades para compartilhar comigo e assim me fazer sentir útil em ser amiga e poder ajudar-lhes a partir dali.
Eis que encontrei o meu “príncipe”. Amei como nunca havia amado, para no fim descobrir que o príncipe era o vilão e que eu havia vivido um amor e uma história de mentira. Vi-me realmente em uma cena não real, daquelas de novela, e forçadamente tive que acreditar que existe gente muito mal no meu mundo. Sofri como nunca achei que fosse suportar. Venci, cresci e me fechei para os homens, pois “príncipes” mesmo com defeitos já não existiam. Até que caiu de pára-quedas na minha vida um alguém especial de muito longe, mas, que mesmo com a distância me ajudou a descobrir que bons sentimentos ainda poderiam brotar dentro de mim. Comecei a apostar novamente. Acreditei que enfim tinha encontrado o tal cara diferente. Ele podia ser diferente sim, mas, nas habilidades para me conquistar e depois também me magoar. Dessa vez eu já estava vacinada, o drama foi menor, cortei o mal pela raiz. O ciclo continuou. Eu me fechando e nenhum “príncipe” iria conseguir me alcançar. O final da história? O destino me laçou me amarrou e me jogou nos braços do menos provável. O falso príncipe que deu início ao ciclo tinha resolvido voltar, arrependido, mexendo com minhas idéias e fazendo com que eu ficasse besta diante de cada declaração que ele me fazia. Sofri por no início lembrar do passado, por não saber o que me aguardava, por não saber o que fazer. Rendi-me a vida, ao caminho que foi posto em meus pés sem nem eu mesma ter procurado. Usei a bondade máxima que ainda habitava meu coração e deixei o mal curar seu próprio estrago, aliás, talvez fosse isso que minha vida precisasse pra voltar a me fazer ser como antes. Mas, depois de certas experiências, a gente aprende que as seqüelas são pra vida toda. Voltei a amar, mas, não conseguia mais me jogar de corpo e alma. Perdoei, pois, sou assim, mas, minha parte romântica não queria mais se acender. Aos poucos voltei a sonhar, acreditar em finais felizes, contos de fadas que se adaptam a vida real e príncipes que chegam em cima de 4 rodas e não 4 patas. Mas, ainda não sei como vai terminar essa história. Às vezes o príncipe vira sapo, às vezes meus sonhos se vão. Tudo sempre se acerta menos o romantismo, que ainda insiste em estar em maior falta. Bendito sejam os problemas que vem para ensinar sobre as alegrias. Até hoje ainda luto para encontrar a mim mesma e assim poder impor ao meu príncipe tudo que mereço e que talvez eu tenha até perdido por culpa de um mal que ele mesmo me presenteou e agora só ele pode curar!
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