Basta olhar sua foto e tudo se apaga, o mundo passa a ter sentido só dentro de mim. Tudo que antes eram dúvidas abre espaço para um turbilhão de sentimentos que vem dos pés a cabeça. Meu estômago se contorce em meio a calafrios. Meus sentidos perdem os sentidos. Minha mente perde o controle dos movimentos corporais e tudo vai bambeando. Já não penso, não falo, apenas sinto. Cada pedacinho meu, deixa de ser meu, pra ser seu. Não há solução para controlar tanto descontrole. O coração palpita, palpita, palpita até doer. Dói de saudade. Dói por tamanha paixão. Dói por necessidade de você. Dói por querer tanto. Dói por não sentir a reciprocidade. Dói por esperar demais. Dói por não conseguir te expulsar. Dói por medo de ter que conviver com você aqui dentro mesmo já não te tendo em mais espaço nenhum. Uma chance parece se abrir em meu caminho. Outro alguém incrivelmente disposto a me ensinar a viver começa a tomar a cena. Esses intervalos de você estão abrindo caminho para uma distância entre nós que pode talvez durar para sempre. Não me deixe sozinha na cena, não me deixe sozinha no palco, não me deixe para o próximo ator. Ele é suficientemente bom, mas não é você. Ele me arranca sorrisos, mas não é você. Ele me supre desejos, mas não é você. Ele talvez até combine mais comigo, mas não é você. A idéia de jogar tudo no ar é convidativa, confesso. Tenho convivido com interrogações que me cutucam noite e dia, me forçam a pensar mesmo quando quero esquecer. Bem sei que posso estar lutando por uma batalha já ganha, podemos nunca estar no futuro um do outro, mas não posso desistir enquanto meu coração ainda pulsa pela chama que só você plantou.
A chance de ao menos tentar te deixar está batendo em minha porta. Ele também não é certeza, não é aliança de estabilidade e coquetel de bons sentimentos, mas ainda assim é mais real, mais possível, mais perto do que espero pra mim. O medo, a dúvida, ambos não me largam. Trocaria eles por vocês. Mas aí está o problema. Esse é o tipo de chance que jamais irei ter. Não posso optar por dois, não posso optar por ‘vocês’ dois. Às vezes tenho a impressão de que vocês são um só. O que falta em um, encontro no outro e vice-versa. Enquanto um me dá momentos únicos e raros em determinadas noites, o outro se faz presente todos os dias e me convida para uma troca de mimos e sonhos. Como me livrar do romantismo para ter só o contato físico de algumas noites, em poucas horas e sem promessas de ao menos uma ligação? Como me livrar da química, da paixão, da magia de momento para me derreter só com palavras em uma tela fria de um computador ou um celular? Nada é perfeito, nada é completo, eu sei, eu sei. Estou jogando o jogo de vocês. Enrolando para continuar rolando. Contudo, não há emocional que resista, ainda mais o meu, bobo que só, mais frágil que cristal. Forcei-me a ser mais forte do que eu mesma acreditava que poderia ser. Deu certo, até agora... Desmoronei e não consegui mais me juntar. Meus pedaços se espalharam. A propósito, se tiver alguma parte de mim escondida em vocês, devolva-me. Preciso me recompor. Preciso de mim.
Estou evitando pensar que algum dia existirá a necessidade de escolha, e se existir, que essa escolha nunca seja minha escolha. Prefiro acreditar ao máximo na teoria do destino. Dessa forma, não precisarei me decidir por vocês, ou por mim. Eu me quero. Te quero. Quero ele. Quero vocês. Quero nós. Sem ser junto e misturado, por favor! Cada um NA sua forma, cada um DA sua forma. Enquanto o destino não se encarrega daquela velha historinha sobre “o que tiver que ser, será”, continuarei apaixonada por um e encantada por outro. Bagunçado assim. Lindo quando possível. Dolorido quase sempre. E divertido até não poder mais. Parece loucura, e pode até ser. Desde que valha a pena, compensa. Fazendo a diferença, é o que importa. Nunca me contentei com o normal e o morno mesmo. Rolos nunca são sem graça, tem sempre uma pitada de sal ou açúcar pra aguçar. Então vamos rolar e enrolar. Que a paixão cresça e amadureça. Que o encanto evolua em qualidade e contentamento. E que tudo que sinto se faça valer o dobro em vocês.
E aí... Olho sua foto novamente... Os pensamentos param de fluir. As letras embaralham. Os olhos ficam cheios d’água e o coração diminui gradativamente, ficando apertadinho de dar dó, batendo desesperado como se um grito de socorro estivesse o sufocando. A dor que nele habita é a dor da dúvida, a dor de tantos sonhos talvez sem chance de concretização, a dor de uma futura e possível escolha... E só a hipótese de não mais te viver, mesmo que sozinha, é o que assusta. Uma paixão quase platônica, ímpar, mágica, intensa, sem igual e solitária. Não há mais como evitar... Continua lindo e triste sentir!
3 comentários:
Oi Teté, é assim que te chamam né? =)
Pode me chamar de Cacá sim, várias pessoas me chamam assim, aliás apelidos eu tenho de sobra! =P
Então, também adorei o blog da Fernanda, ainda não tive muito tempo de ler assim como não tenho tido para atualizar o meu, tudo culpa da escola e da correria de sempre... Mas vou dedicar um bom tempo a isso assim que puder, como também gosto de gastar horas lendo o seu... Obrigada pelo incentivo e pelo carinho, é bom fazer novas amizades! =)
Beijos, tudo de bom! ;*
Querida Sthéfanie,
me perdoe pelo sumiço e muito obrigada pelas visitas carinhosas!
O texto é tão meigo e verdadeiro! A minha vida também é uma eterna encruzilhada onde vivo tendo que ESCOLHER. Não é nada fácil, mas é impossível seguir dois caminhos.
O jeito é seguir o coração.
Bjos!
Faz tempo que não nos visitamos.
Apesar da correria não te esqueço.
Saudades e folhas!
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