terça-feira, 31 de agosto de 2010
Que essa escolha nunca seja minha escolha
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Desculpe se...
Uma amiga me disse que, eu quero acreditar nele por falta de ter outro alguém para acreditar. De certa forma eu acho que ela tem razão. O querer e o não ter se uniram e deles nasceu essa ânsia de querer viver algo e alguém que na verdade não são certezas. Tudo gira em torno daquela velha história, o medo da solidão e o desejo de um amor intenso. O coração bem sabe o que quer, mas como é verdade a retórica de que nem tudo que se quer se pode ter, abre-se espaço para aventuras. Eis que surge uma aventura que quer ser mais do que isso, porém não tanto quanto se espera. Um joguinho de conquista se inicia. Ele decide que quer e quanto mais difícil é, mais ele quer. Idas e vindas. Desiste e volta, não resiste e insiste. Ele é esperto, usa e abusa da sua autoconfiança, delira em sorrisos e convence na malícia. É safado, mas se esforça no respeito. É apressado, mas empolga com a espera. É fogoso, mas sabe ter calma para conquistar. É convencido em suas variadas artimanhas, cisma que pode e não para até conseguir. Canta versos, dedilha canções, promete mimos, combina dengos, escreve carinhos, demonstra paixão. Não há quem resista a um convite para o romantismo. Não há desconfiança que suporte tanto calor, carinho, beijos e declarações. Quando enfim a guarda abaixa e a chance é dada, lá se vai todo o sonho. O momento de aprovação, a possibilidade de fazer acontecer, a oportunidade de cumprir todos os desejos que estavam sendo montados parece assustar. Um escudo se opõe. Ele parece não ver que joga a chance fora, que abre caminho para a desconfiança fixar moradia, e aí meu amigo, aquele abraço. Não haverá mais tempo e nem excesso de fofura que destrua o muro da proteção. Uma vez vacinada, sempre vacinada.
Tentei acreditar, quis acreditar, mas parece que foi em vão. Intuição não falha. Não adianta mil demonstrações de carinho e desejo se na hora H tudo perde sentido. Quando existe a chance de convencer e selar a conquista, acontece à falha, fica o amargo gosto da espera, uma pontada de mentira que se faz suficiente para a sensação de engano se apresentar. Deixou a desejar, largou dívidas pós-promessas. A falta de expectativa se instalou, a preguiça de continuar tentando acreditar em alguém que não faz por onde quando deve é enorme. É frustrante abrir a porta e ninguém receber depois de muitas batidas. Insistiu, insistiu e não esperou o resultado, ou se esperou, não soube receber. Tanto quis que quando ganha, retrai. É demais pra você? Batalhou mas queria receber menos que isso? Desculpe se sou inteira. Desculpe se sou 100% amor. Desculpe se acredito demais nos sentimentos. Desculpe se sou intensa. Desculpe se quando resolvo confiar, confio mais do que você merece. Desculpe se meus carinhos ultrapassam o que você conhece. Desculpe se procuro suspiros. Desculpe se não sei ser morna. Desculpe se espero muito das pessoas que me conquistam. Desculpe se meus sorrisos chegam a ser exaustivos de tão sinceros. Desculpe se eu prefiro sempre a verdade. Desculpe se sou sincera demais. Desculpe se sou calorosa demais. Desculpe se só tenho olhares expressivos. Desculpe se sou delirantemente impulsiva. Desculpe se sou mimada. Desculpe se só sei ser bondosa. Desculpe se sou muito profunda. Desculpe se estou sempre em busca do que me acrescente. Desculpe se tenho a mania de esperar corações enormes. Desculpe se me encanto por quem me tira o ar. Desculpe se adoro quem me deixa com saudades e depois a cessa. Desculpe se sou alegre quase todo o tempo. Desculpe se minhas crises de risos e gargalhadas múltiplas são constantes. Desculpe se sou viciada em doçuras. Desculpe se amo sonhar. Desculpe se sou ingênua. Desculpe se não gosto de tudo que é sério demais. Desculpe se valorizo quem fala e faz. Desculpe se acreditei em você na hora errada. Desculpe se sou boa demais pra você!
terça-feira, 24 de agosto de 2010
O não corresponder, já correspondendo...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O possível e o irreal
Ainda me lembro daquele sonho em que você me dizia para não deixá-lo ir, para não ficar parada, para fazer algo que o trouxesse de volta pra perto, que acendesse novamente o interesse dele. Lembro-me da convicção no seu tom de voz e na certeza que você transmitia no olhar com o intuito de me convencer a me mover, a batalhar por ele. Eu senti que você me impulsionava e me apoiava como se estivesse tudo bem em me ver com outro. Um sonho maluco onde coadjuvante não servia pra nada e o local do sonho só fazia tudo parecer mais real. Um sonho que me deixou com sensação de aviso.
Sinto-me mesmo de mãos atadas, com o coração pedindo e a vida contrariando. Tentar é o que eu faço sempre antes de desistir, mas o que não faz sentido é ele ao invés de você. Na realidade tudo teria possibilidades de acontecer se o conselho viesse dele e o cara pelo qual eu deveria lutar fosse você. No entanto aqui estou, com ele sendo possível e com você sendo irreal.
Por ele eu nunca lutei, pelo menos não ainda. Os mal entendidos que já existiram entre nós não me incomodavam tanto, não me deixavam com necessidade de resolução. O silêncio e talvez a indiferença, falam por mim e por isso ele acaba demonstrando que não resisti, volta, quer e expõe a vontade. Ele tem um jeito suave de elogiar mesmo quando diz algo indiscreto. Ele usa seu bom humor da melhor forma possível e arranca sorrisos de mim mesmo se eu estivesse chorando. Seu desejo me envolve, eleva meu poder. Seu sorriso me convida, me chama e geralmente não resisto. Seu olhar tem segundas, terceiras, quartas intenções e me fazem sentir pequenina, mas também mulher. Seu abraço me acolhe. Seus beijos me envolvem. Seus carinhos me mimam. Ele me distrai, me mata de rir, me alivia de qualquer pensamento ruim e me preenche por momentos. Seu defeito? O pior talvez seja me querer demais. O querer dele vai além do que eu queira dar, do que eu esteja pronta a dar. O querer dele é às vezes bem claro, não me transmiti confiança, não me dá certeza, só me faz pensar que serei mais uma usada. Ele tem um encanto que poderia destruir - se quisesse e usasse bem - o que ainda me faz ter pé atrás. Mas aí entra você...
Por você eu já lutei demais e continuo lutando. Nossos vários mal entendidos fazem de mim uma perturbada que não sossega até encontrá-lo para resolver nem que seja metade da questão, afinal, nosso rolo tem sempre um rolo não é? Com você não existe silêncio, existe ruído, aquele incômodo que fala por si a todo tempo dentro de mim. A indiferença é algo que eu imploro a Deus pra colocar em mim, mas coração apaixonado desconhece a indiferença, são inimigos, enfim, desisti. Você tem um jeito único, especial, diferente, misterioso, charmoso e louco de me tirar do sério, de me tirar de mim mesma, de me calar, de me deixar completamente impulsiva e irracional. Seu jeito causa em mim o que nunca me faltou, facilidade de expressão, palavras. Acordo dia e noite em busca de algo que me permita dizer às pessoas o que é que eu sinto afinal quando te vejo, quando te sinto, quando penso em você... Quanto mais eu tento, mais me enrolo, pois, nada do que eu diga se compara ao real sentimento dentro de mim, nada é suficiente, nada basta para decifrar o tudo que você causa em mim. Você me olha e eu sinto as pernas bambearem. Você me abraça e perco os sentidos, me jogo. Seu cheiro, sua pele, sua voz, seu gosto, tudo é perfeito pra mim, tudo é convidativo, gruda. Tudo em você me faz eu me perder. Você erra, pisa na bola, fere a confiança que depositei e continuo ali, não sinto raiva. Você opta por ficarmos longe algumas noites e eu não te odeio por isso, simplesmente tenho inveja de quem pode estar com você. Nada do que você faça pra me afastar, mesmo que seja sem querer, funciona. Como já diz Skank:
“Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...”
Você é assim. Paixão, intensidade, carinho, pernas bambas, respiração acelerada, coração a mil, borboletas no estômago, vontade de chamego, um querer além do que eu consiga esconder, louca sensação, magia, química, suspiros, tremores, perda de sentidos, o mundo se apaga, só vejo você, te acho lindo, tchuco, seu sorriso me dá certeza do que preciso pra viver, mãos geladas, medo de falar besteira, impulsividade, abraços intermináveis, saudade que nunca cessa, inexplicável vontade de você. E mais uma vez, nada disso se compara ao irreal que você me causa!
Agora me diz, posso deixá-lo ir?
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
O que eu deveria te dizer...
Um discurso que eu deveria gravar e criar coragem para falar agora ou quando se tornar mais necessário. Dúvidas, medos, dores, rolos... Tudo vira motivo de botar pra fora muito dos pensamentos que deveriam ser expostos e na verdade nunca saem do papel. Um desabafo com gosto de revolta que até então ficará guardado por aqui. E que o destino e a vontade de Deus se encarreguem do “que tiver que ser, será”.