segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Chiclete público
Indiretamente eu até tento avisar, mas tem sido em vão. Uma vez ouvi dizer que a vida é curta demais para errarmos de todas as formas e aprendermos. É para isso que servem os amigos, para nos ensinar o que eles aprenderam com seus erros e experiências. Quem avisa amigo é. Tudo bem que eu não tinha intenção de ser amiga de quem um dia talvez entrasse no meu caminho querendo só o meu mal. Mas lá estava eu, de coração aberto ou não, tentando jogar informações na cabeça de algumas bobas. Sutilmente eu tentava avisar a algumas garotas de que elas estavam se metendo com a pessoa errada, ou estavam agindo errado. Cansei de ver diversos caras e diversas conversas sobre as tais meninas fáceis que viraram bonecas nas mãos desses babacas. As tais garotas? Sinceramente são fáceis. Por mais espertas que elas se considerem nada disso vale realmente na cabeça deles. Elas cantam vitória por achar que venceram aquele território, mas mal sabem elas que eles simplesmente fingem ser o que elas queriam para apenas conseguir usá-las (entenda como quiser). E eu, no meu posto de a ultima a querer ser usada, saio fora logo assim que percebo que o cara é um aproveitador nato e que corre literalmente atrás de qualquer rabo de saia. Estarei mentindo se disser que nunca sofri por um desses, mas pelo menos eu dei no pé enquanto havia tempo ou enquanto houve provas contra ele. Sofri mas aprendi. E eis que aqui estou, provando que devido a esta experiência, eu posso aconselhar quem ainda precisa errar para aprender. Pois bem! Não queira errar nisso minha cara amiga. Poupe seu sofrimento e seu tempo. Todo mundo ta careca de saber o que esse tipinho de malandro pensa das meninas que lambem o chão em que eles pisam e depois ainda abana rabinho. Vai querer isso pra você? Eu já tive inconstantes crises de riso por culpa de garotas que não se cansam de fazer esses papelões. Enquanto todo mundo sabe da verdade, as pobres coitadas (ou não) ficam lá rastejando e querendo demonstrar uma felicidade que na verdade não existe para ambas as partes. Tenho pena de quem se deixa ser vítima. Mas quer saber? Até acho que algumas merecem o que passam com certos caras. Elas buscam por isso. Plantou então colha também. Mas para quem ainda tem chance de saber em que lado ficar, aí está o meu aviso. Não vire um chiclete público para depois ser literalmente mascado e jogado fora!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Chegado o fim de 2008
Uma foto das férias de janeiro, uma música que marcou meu ano, amigos que conheci há pouco tempo - e já não abro mão de tê-los por perto sempre que puder - festas, momentos, perfumes, palavras, dias, noites e estrelas. Tudo isso e mais um pouco me fazem pensar que o ano está chegando ao fim. Que tudo está sendo encaixado em um ponto final e um novo texto vai começar a ser escrito no novo ano. Um filme de tudo que fiz este ano passa na minha cabeça a cada hora em que paro pra lembrar de tudo que passei, enfrentei, conheci e aprendi durante mais esse um ano. Já tive vários anos tumultuados e cheios de idas e vindas, mas esse ano de 2008 foi bem mais especial. Vivi muita coisa em que eu não havia vivido durante os outros 17/18 anos de vida que tive. Não sai dos meus limites e muito menos extrapolei o meu constante juízo, pelo contrário, tive a certeza de que eu jamais vou abrir mão do meu jeito de ser e viver. Mas 2008 foi um ano de muita folga, sentimentos, verdades, amizades, decisões... Enfrentei barreiras, enfrentei distancias, enfrentei pessoas, enfrentei sofrimentos, enfrentei alegrias que me consumiam mais tempo do que poderiam. Vivi de tudo um pouco. Conheci uma liberdade a mais que eu ainda não havia experimentado. Conheci e gostei principalmente de toda a maturidade que pude adquirir durante esses longos meses que mais voaram do que outra coisa. Hoje olho pra trás e já sinto saudades de tudo que passei. Sou emotiva mesmo e por isso acabo me debulhando em lágrimas atoa, por apenas lembrar que tudo teve seu inicio e seu fim. Realmente cada momento durou o tempo necessário para ser inesquecível. Espero que todos que fazem parte da minha vida desde sempre e desde este ano, sinta assim como eu, que 2008 valeu a pena porque tive todos eles comigo. Tudo só teve essa importância toda porque tinha pessoas especiais e verdadeiras ao meu redor. O coração bate forte pra despedir deste ano. Mas com toda a certeza eu vou começar 2009 com a plena alegria de que meu 2008 foi especial, único e proveitoso. Tudo terminando como se ainda fosse ontem. O fim com sabor de inicio. O inicio tendo a presença do fim!
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Oi e smaack
- Oi
- Te conheço cara?
- Calma gatinha. Missão de paz.
- Não converso com estranhos, tchau.
- Você já está conversando minha querida.
- Eu disse tchau. Você é surdo ou o que?
- E você é sempre grossa assim?
- Dependendo da pessoa tem como piorar, quer tentar a sorte?
- Ora, ora, ora. Vejo que tenho uma nervosinha aqui.
- Olha, eu tenho mais o que fazer.
- Se tivesse mesmo já teria saído de perto de mim.
- Como é que é? Você que me abordou!
- Mas os incomodados é que se retiram.
- Você é muito abusado mesmo não é?
- Sou é? Bom saber!
- Fala sério! Realmente você tem razão. Não tenho motivos pra te aturar.
- Ah, vai dizer que não ta gostando do papo?
- Que papo? Isso pra mim é perda de tempo.
- Você nunca deve ter rendido tanto papo com um estranho como ta fazendo comigo.
- Além de abusado você é convencido?
- Humm! Mais alguma reclamação para a minha lista?
- Sim.
- Então fale senhorita.
- Cala a boca e me beija logo!
- Te conheço cara?
- Calma gatinha. Missão de paz.
- Não converso com estranhos, tchau.
- Você já está conversando minha querida.
- Eu disse tchau. Você é surdo ou o que?
- E você é sempre grossa assim?
- Dependendo da pessoa tem como piorar, quer tentar a sorte?
- Ora, ora, ora. Vejo que tenho uma nervosinha aqui.
- Olha, eu tenho mais o que fazer.
- Se tivesse mesmo já teria saído de perto de mim.
- Como é que é? Você que me abordou!
- Mas os incomodados é que se retiram.
- Você é muito abusado mesmo não é?
- Sou é? Bom saber!
- Fala sério! Realmente você tem razão. Não tenho motivos pra te aturar.
- Ah, vai dizer que não ta gostando do papo?
- Que papo? Isso pra mim é perda de tempo.
- Você nunca deve ter rendido tanto papo com um estranho como ta fazendo comigo.
- Além de abusado você é convencido?
- Humm! Mais alguma reclamação para a minha lista?
- Sim.
- Então fale senhorita.
- Cala a boca e me beija logo!
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Parte IX: O mais estranho amor da minha vida
Continuação... Texto para o blog: Amores-cruzados
Acordei lentamente de um pesadelo e fui direto para o banheiro lavar meu rosto para ver se assim eu conseguia diminuir um pouco do pânico que tinha tomado conta de mim. Acho que o dia anterior não tinha me deixado com bons pensamentos, pois eu havia sonhado com Danton, mas em meu sonho ele era um seqüestrador que trabalhava em nome de mandantes maiores. Realmente, minha mente não tinha hora para parar e muito menos deixava de viajar nas piores e mais loucas idéias. Ao voltar para o quarto olhei pela janela e foi aí que me lembrei que era sábado. Meu animo melhorou um pouco e fui logo trocando de roupa para assim poder levar o Cacau, meu cachorro da raça beagle, para passear no parque mais próximo de casa. Assim que sai porta a fora, notei que o carteiro estava entrando pelo meu jardim. Ele me entregou algumas poucas correspondências e saiu com pressa. Coloquei todas embaixo da porta para minha avó pegar e fiquei com uma única em minhas mãos que estava endereçada para mim. Abri a carta na correria, pois Cacau não parava quieto, estava animado para o passeio, afinal, havia dias que eu tinha largado ele sozinho no quintal. Na carta continha:
“Minha Linda,
Te espero hoje, ás 5 da tarde no nosso lugar de sempre. Desculpe-me novamente por ontem. Ansioso já para vê-la.
Beijos.
Danton”
Aquela carta não me causou nada, acho que já era de se esperar. Guardei-a no bolso e sai com Cacau. Ficamos um tempo brincando no parque perto de casa e depois resolvi ir mais longe, Cacau não estava dando sinais de cansaço. Andamos devagar por um bom tempo em várias ruas até que resolvi ir até a ponte, não sei por que, mas me deu vontade de ir lá, talvez por ser um dos meus lugares favoritos para pensar na vida quando estou sozinha. Chegando, percebi que eu não estaria sozinha, então fiquei em uma ponta da ponte fazendo hora pra ver se os outros turistas iam embora, mas comecei a notar que eu conhecia a voz que vinha mais lá da frente. Escutei com atenção e notei que era Danton, mas ele conversava com uma outra moça. Aproximei-me mais do meio da ponte e me sentei ao chão com Cacau, minha sorte era que ele já estava cansado e ficou quietinho no meu colo sem fazer barulho, assim ninguém poderia nos achar ali. No inicio eu não entendi nada do que Danton falava com a outra moça, mas aos poucos tudo começou a ficar mais claro, pois acho que eles aumentaram o tom de voz como se estivessem brigando. Mas mesmo assim eu ainda não conseguia entender o assunto ou o motivo da discussão. Por fim, cansei de ficar tentando ouvir uma coisa que eu nunca entendia então me levantei e resolvi aparecer pra eles. Claro que eu iria fingir que estava chegando naquele momento e que de qualquer forma tudo estava sendo uma grande coincidência. Fui andando devagar, fingindo prestar atenção em Cacau. Só que o silencio me fez parar e quando enfim olhei para o local onde eles estavam, vi Danton aos beijos com uma loira, dos cabelos grandes e sedosos, do corpo escultural, mas foi só o que eu pude ver, porque ela estava de costas e eu não sabia o que fazer vendo aquela cena então me virei para eles e sai correndo. Meus passos devem ter assustado eles porque quando já estava chegando ao fim da ponte, ouvi Danton gritando:
- Paula! Paula! Espera por favor!
Mas meu coração e meus pensamentos não queriam saber de esperar por nada. As lágrimas começaram a cair, eu acelerei meus passos correndo cada vez mais e Cacau ofegante ao meu lado. Eu só queria saber de chegar em casa.
Acordei lentamente de um pesadelo e fui direto para o banheiro lavar meu rosto para ver se assim eu conseguia diminuir um pouco do pânico que tinha tomado conta de mim. Acho que o dia anterior não tinha me deixado com bons pensamentos, pois eu havia sonhado com Danton, mas em meu sonho ele era um seqüestrador que trabalhava em nome de mandantes maiores. Realmente, minha mente não tinha hora para parar e muito menos deixava de viajar nas piores e mais loucas idéias. Ao voltar para o quarto olhei pela janela e foi aí que me lembrei que era sábado. Meu animo melhorou um pouco e fui logo trocando de roupa para assim poder levar o Cacau, meu cachorro da raça beagle, para passear no parque mais próximo de casa. Assim que sai porta a fora, notei que o carteiro estava entrando pelo meu jardim. Ele me entregou algumas poucas correspondências e saiu com pressa. Coloquei todas embaixo da porta para minha avó pegar e fiquei com uma única em minhas mãos que estava endereçada para mim. Abri a carta na correria, pois Cacau não parava quieto, estava animado para o passeio, afinal, havia dias que eu tinha largado ele sozinho no quintal. Na carta continha:
“Minha Linda,
Te espero hoje, ás 5 da tarde no nosso lugar de sempre. Desculpe-me novamente por ontem. Ansioso já para vê-la.
Beijos.
Danton”
Aquela carta não me causou nada, acho que já era de se esperar. Guardei-a no bolso e sai com Cacau. Ficamos um tempo brincando no parque perto de casa e depois resolvi ir mais longe, Cacau não estava dando sinais de cansaço. Andamos devagar por um bom tempo em várias ruas até que resolvi ir até a ponte, não sei por que, mas me deu vontade de ir lá, talvez por ser um dos meus lugares favoritos para pensar na vida quando estou sozinha. Chegando, percebi que eu não estaria sozinha, então fiquei em uma ponta da ponte fazendo hora pra ver se os outros turistas iam embora, mas comecei a notar que eu conhecia a voz que vinha mais lá da frente. Escutei com atenção e notei que era Danton, mas ele conversava com uma outra moça. Aproximei-me mais do meio da ponte e me sentei ao chão com Cacau, minha sorte era que ele já estava cansado e ficou quietinho no meu colo sem fazer barulho, assim ninguém poderia nos achar ali. No inicio eu não entendi nada do que Danton falava com a outra moça, mas aos poucos tudo começou a ficar mais claro, pois acho que eles aumentaram o tom de voz como se estivessem brigando. Mas mesmo assim eu ainda não conseguia entender o assunto ou o motivo da discussão. Por fim, cansei de ficar tentando ouvir uma coisa que eu nunca entendia então me levantei e resolvi aparecer pra eles. Claro que eu iria fingir que estava chegando naquele momento e que de qualquer forma tudo estava sendo uma grande coincidência. Fui andando devagar, fingindo prestar atenção em Cacau. Só que o silencio me fez parar e quando enfim olhei para o local onde eles estavam, vi Danton aos beijos com uma loira, dos cabelos grandes e sedosos, do corpo escultural, mas foi só o que eu pude ver, porque ela estava de costas e eu não sabia o que fazer vendo aquela cena então me virei para eles e sai correndo. Meus passos devem ter assustado eles porque quando já estava chegando ao fim da ponte, ouvi Danton gritando:
- Paula! Paula! Espera por favor!
Mas meu coração e meus pensamentos não queriam saber de esperar por nada. As lágrimas começaram a cair, eu acelerei meus passos correndo cada vez mais e Cacau ofegante ao meu lado. Eu só queria saber de chegar em casa.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Chuva, shopping e fim de ano
Como se já não bastasse à correria de todo fim de ano, ainda ganhamos muitos dias chuvosos, o que implica em engarrafamentos maiores do que normalmente teríamos. Ir para o shopping em meio a tudo isso é loucura, mas não tem outra escolha, comprar presentes e tudo mais já virou mais do que regra no fim de ano. Porém, todo mundo deixa para a última semana, último dia e última hora se forem o caso. O shopping simplesmente vira um inferno de pessoas ambulantes balançando sacolas, crianças e pressa para todo lado. As vitrines simplesmente são mais lindas nessa época, mas devido a infeliz crise existente, este ano os vendedores nos olham com mais piedade convidando-nos a entrar e principalmente comprar. Fazem de tudo para ganhar venda. Se bem que eu nem achei que estavam vendendo tão pouco assim, afinal, shopping é shopping, acaba ganhando dinheiro a qualquer data. Particularmente acabei com meus pés e meu animo por lá. Não tenho interesse mais em voltar, para nada. Fiz o que deu tempo de fazer e o resto eu deixo nas mãos de quem puder comprar pra mim (mamãe, sempre ela coitada). Mas sinceramente, acho que a parte mais chata de um shopping super lotado é a hora de conviver com pessoas sem educação e sem desconfiometros. Sentei-me em umas cadeiras na C&A esperando pela minha mãe que pagava uma conta e a moça que estava ao meu lado não parava de cantar uma música que ela mal sabia, pois era inglês e deu pra notar que disso ela não entendia mesmo. Depois, sentada em uma loja de sapatos, notei que uma das vendedoras estava com a maior cara de antipática pra mim só pelo fato de estar de mau humor devido a sua chata gripe. Mas enfim, aturei inúmeras coisas que eu não precisava aturar e voltei pra casa assim, também de mau humor, chata, cansada, com sono e sem querer voltar naquele inferno capitalista.
Boas compras e boa sorte pra quem ainda precisa ir.
Boas compras e boa sorte pra quem ainda precisa ir.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Parte VIII: O mais estranho amor da minha vida
Continuação... Texto para o blog: Amores-cruzados
Eu acordei do lindo sonho de amar quando Danton finalmente me soltou por um rápido segundo de um dos beijos mais românticos que já ganhei. Era inevitável resistir a ele, resistir ao momento, resistir ao sentimento que abrigou meu peito tão rapidamente. Sabíamos que ainda havia muita coisa a ser esclarecida naquele dia e naquele encontro, mas a sintonia de nossos corpos e sentimentos não estava querendo abrir espaço para uma conversa que poderia estragar toda a boa sensação de se amar esquecendo do mundo. Como sempre sou a mais insensível e também a mais impulsiva, então me soltei de Danton e dei um passo para trás permitindo que houvesse tempo de tudo esfriar entre nós até que ele se desse conta do que eu havia lembrado. Não podíamos adiar mesmo mais tudo aquilo:
- Danton, sem querer forçar a barra, mas vim aqui pra gente conversar sobre algo que eu havia escolhido esquecer e...
Nesse momento Danton me segurou pelos braços em um aperto firme que me faz pausar a fala e até esquecer o raciocínio. Ele me olhava nos olhos, profundamente e desta vez, tristemente. Era como se eu estivesse tocando em um assunto que abria alguma ferida nele:
- Paula, eu... Nem ao menos sei por onde começar. Te devo explicações sim pois te encontrei e te coloquei na minha vida nesse momento mas mal sabia eu do que teria que enfrentar de difícil também neste momento.
- Não faço idéia do que se trata, mas se realmente te faz mal, então não fale, já te disse que você não me deve esse tipo de esclarecimento.
- Eu quero te ter para sempre e para isso eu vou jogar com a sinceridade, não tenha dúvidas disso. Então não poderemos fugir da minha realidade.
- Quando você fala assim me assusta sabia? É tanto mistério que sinto que ainda estou na frente de um estranho.
- Por favor, não quero te assustar, pelo contrário minha linda. Você vai saber de toda a minha vida para assim começar a participar dela como deve.
Eu podia notar a angústia no tom de voz dele e achei melhor deixá-lo mais a vontade para me contar o que queria, então o puxei pela mão e levei-o até o banco mais próximo ao fundo da ponte e nos sentamos, um de frente pro outro, olhando nos olhos, sem mais mentiras e segredos o mistério que ele havia me escondido por tanto tempo iria ser revelado e eu fiquei com as mãos suando por pensar dessa forma:
- Meu amor, antes de tudo eu quero me desculpar mais uma vez pelo sumiço, mas acredite, não tive culpa e muito menos desejei ficar longe de você. Perdoe-me por deixá-la assim com tantas dúvidas por tanto tempo. O que me levou a tudo isso foi minha família. Tivemos um grande e trágico problema com meu tio Pierre que morava em Paris e como ele também era meu padrinho, tive que ir a nome dos meus pais até lá para resolver o necessário.
Eu ainda não sabia muito o que pensar sobre o assunto, estava determinada em deixá-lo contar tudo que achava que deveria e depois eu simplesmente iria apoiá-lo, afinal, já estava dando para perceber que eu tinha cometido uma injustiça enorme ao querer esquecê-lo sem nem ao menos saber que ele estava resolvendo problemas sérios e que eu naquela época era uma mera nova garota na vida dele até então. Mas ele não pôde continuar a história. O celular dele começou a tocar, ele pediu licença e foi atender mais do que depressa. Fiquei apreensiva tentando fingir não ouvir nada, mas ele estava próximo de mim, com a voz aflita, andando de um lado para o outro. Era como se ele estivesse esperando por ligações como estas ultimamente. Porém eu jamais conseguiria tirar conclusões precipitadas ou pensar mal dele novamente sem antes saber do fim da história do tio dele em Paris. Pelo jeito a vida de Danton não ia do bom ao melhor. De acordo com as respostas dele para pessoa que havia ligado, algo grave estava acontecendo naquele momento e na casa dele. Assim que ele desligou a ligação ele me olhou meio constrangido com expressão de quem já pedia desculpas:
- Paulinha, eu realmente lhe peço desculpas, eu vou ter que ir pra casa, mas amanhã irei te procurar sem falta.
E foi assim que ele partiu. Me deu um selinho e saiu correndo em direção ao carro que estava estacionado ao outro lado da avenida me deixando ali parada, sozinha e atormentada sem entender nada, mais uma vez. Danton pode até ser o meu amor, mas que ele ainda é o estranho mais estranho que já conheci... Isso ele é.
Eu acordei do lindo sonho de amar quando Danton finalmente me soltou por um rápido segundo de um dos beijos mais românticos que já ganhei. Era inevitável resistir a ele, resistir ao momento, resistir ao sentimento que abrigou meu peito tão rapidamente. Sabíamos que ainda havia muita coisa a ser esclarecida naquele dia e naquele encontro, mas a sintonia de nossos corpos e sentimentos não estava querendo abrir espaço para uma conversa que poderia estragar toda a boa sensação de se amar esquecendo do mundo. Como sempre sou a mais insensível e também a mais impulsiva, então me soltei de Danton e dei um passo para trás permitindo que houvesse tempo de tudo esfriar entre nós até que ele se desse conta do que eu havia lembrado. Não podíamos adiar mesmo mais tudo aquilo:
- Danton, sem querer forçar a barra, mas vim aqui pra gente conversar sobre algo que eu havia escolhido esquecer e...
Nesse momento Danton me segurou pelos braços em um aperto firme que me faz pausar a fala e até esquecer o raciocínio. Ele me olhava nos olhos, profundamente e desta vez, tristemente. Era como se eu estivesse tocando em um assunto que abria alguma ferida nele:
- Paula, eu... Nem ao menos sei por onde começar. Te devo explicações sim pois te encontrei e te coloquei na minha vida nesse momento mas mal sabia eu do que teria que enfrentar de difícil também neste momento.
- Não faço idéia do que se trata, mas se realmente te faz mal, então não fale, já te disse que você não me deve esse tipo de esclarecimento.
- Eu quero te ter para sempre e para isso eu vou jogar com a sinceridade, não tenha dúvidas disso. Então não poderemos fugir da minha realidade.
- Quando você fala assim me assusta sabia? É tanto mistério que sinto que ainda estou na frente de um estranho.
- Por favor, não quero te assustar, pelo contrário minha linda. Você vai saber de toda a minha vida para assim começar a participar dela como deve.
Eu podia notar a angústia no tom de voz dele e achei melhor deixá-lo mais a vontade para me contar o que queria, então o puxei pela mão e levei-o até o banco mais próximo ao fundo da ponte e nos sentamos, um de frente pro outro, olhando nos olhos, sem mais mentiras e segredos o mistério que ele havia me escondido por tanto tempo iria ser revelado e eu fiquei com as mãos suando por pensar dessa forma:
- Meu amor, antes de tudo eu quero me desculpar mais uma vez pelo sumiço, mas acredite, não tive culpa e muito menos desejei ficar longe de você. Perdoe-me por deixá-la assim com tantas dúvidas por tanto tempo. O que me levou a tudo isso foi minha família. Tivemos um grande e trágico problema com meu tio Pierre que morava em Paris e como ele também era meu padrinho, tive que ir a nome dos meus pais até lá para resolver o necessário.
Eu ainda não sabia muito o que pensar sobre o assunto, estava determinada em deixá-lo contar tudo que achava que deveria e depois eu simplesmente iria apoiá-lo, afinal, já estava dando para perceber que eu tinha cometido uma injustiça enorme ao querer esquecê-lo sem nem ao menos saber que ele estava resolvendo problemas sérios e que eu naquela época era uma mera nova garota na vida dele até então. Mas ele não pôde continuar a história. O celular dele começou a tocar, ele pediu licença e foi atender mais do que depressa. Fiquei apreensiva tentando fingir não ouvir nada, mas ele estava próximo de mim, com a voz aflita, andando de um lado para o outro. Era como se ele estivesse esperando por ligações como estas ultimamente. Porém eu jamais conseguiria tirar conclusões precipitadas ou pensar mal dele novamente sem antes saber do fim da história do tio dele em Paris. Pelo jeito a vida de Danton não ia do bom ao melhor. De acordo com as respostas dele para pessoa que havia ligado, algo grave estava acontecendo naquele momento e na casa dele. Assim que ele desligou a ligação ele me olhou meio constrangido com expressão de quem já pedia desculpas:
- Paulinha, eu realmente lhe peço desculpas, eu vou ter que ir pra casa, mas amanhã irei te procurar sem falta.
E foi assim que ele partiu. Me deu um selinho e saiu correndo em direção ao carro que estava estacionado ao outro lado da avenida me deixando ali parada, sozinha e atormentada sem entender nada, mais uma vez. Danton pode até ser o meu amor, mas que ele ainda é o estranho mais estranho que já conheci... Isso ele é.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Tomem vergonha na cara
Todo fim de ano é a mesma coisa. Professores cansados e loucos por férias, alunos e mais alunos sendo cobrados. As demais meninas choram em casa pedindo a Deus por mais sabedoria e milagres nas notas finais. Os meninos brigam com os pais, se trancam nos quartos e ficam a pensar em soluções ou colas. É sempre a mesma coisa, a mesma rotina, a mesma luta, o chororó de todo ano, as cobranças, os medos, correrias, aulas particulares. A maioria pelo menos acaba conseguindo em meio a recuperações, passar de ano. Alguns mínimos, malandros e sem vergonha nas caras, acabam por se conformar com uma suposta bomba e nisso a vergonha que deveria existir na cara some mais ainda. O erro que deveria ser levado em conta para um futuro amadurecimento, acaba virando motivo de mais rolo no próximo ano. Isso que é o pior. Não basta o sufoco, não basta à recuperação e nem mesmo a bomba. Nos próximos anos continuam acontecendo à mesma embolação nas notas. O fim de ano serve como aprendizado momentâneo e nada mais. Os alunos prometem aos pais e a si mesmos que a cada nova série no colégio vão ser mais responsáveis e não vão deixar tudo para o último semestre, mas é tudo da boca pra fora. O novo ano se inicia, as bagunças retornam, as fofocas são mais agradáveis, as brincadeiras mais gostosas e as matérias simplesmente vão ficando para trás. Não adianta! É uma bola de neve! Sei do que falo porque sou uma prova disto. Muito já sofri com notas. Fiquei apertada com várias recuperações, perdi horas de lazer por ter que pegar aulas particulares, mas enfim, me dei conta de que eu era capaz e me formei! Antes tarde do que mais tarde. Podia demorar, mas eu tomava vergonha na cara e acreditava que pelo menos dá bomba eu podia escapar. E escapava mesmo. Que isso sirva de consolo! Só não vale ficar lamentando pelo desastre e tempo perdido pelo msn. Afinal, quem está precisando de estudo não vai encontrar isso em um bate-papo. Aulas particulares, reforços e ajudas de cdf’s não são encontradas via internet. Que fique bem claro que na hora das provas o computador não vai estar a sua disposição.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Parte VII: O mais estranho amor da minha vida
Continuação... Texto para o blog: Amores-cruzados
Eu já estava no colégio, sentada na minha carteira, concentrada em um cálculo matemático, quando o professor pediu a atenção de toda a sala lá da frente e pudemos notar que o porteiro do colégio estava lá parado na porta esperando como se quisesse dar um recado. Sr. Carlos, o porteiro, meu amigo de todas as manhãs deu um passo mais a frente na porta e chamou pelo meu nome. Levantei-me apreensiva pensando em mil coisas que poderiam estar acontecendo para ele vir me dar algum recado assim de urgência no meio de uma aula. Mas ao me aproximar da porta, Sr. Carlos pegou das mãos de um outro rapaz que o acompanhava timidamente, um lindo arranjo de rosas amarelas e colocou em meus braços. Nesse momento eu me senti totalmente perturbada e envergonhada. A sala inteira fazia barulho e demonstrava curiosidade enquanto eu queria apenas esclarecer aquele mal entendido. Aquelas flores com certeza não eram pra mim, eu estava participando de um grande engano. Fiz menção de devolver as flores para o Sr. Carlos, mas ele abanou as mãos dizendo que não eram pra ele e deu um sorriso animador à turma como se estivesse gostando da euforia que faziam pra mim. O professor também parecia estar se divertindo com a situação e apenas disse para eu pegar o cartão azul que estava no meio das flores. Já estava sendo constrangedor tudo aquilo, ler o cartão na frente de todos seria ainda pior. Pedi permissão pra sair de sala e ir pelo menos ao banheiro. O professor deixou, mas a sala fez som de desaprovação, queriam mesmo saber o que tinha ali e o que estava acontecendo, afinal, eu sempre fui uma menina sem graça, ninguém me notava e muito menos sabiam da minha vida monótona. Fui o mais depressa que pude ao banheiro mais perto da quadra do colégio, pois eu sabia que ele era o mais vazio naqueles horários. Chegando lá eu tive pelo menos certeza da minha privacidade. Entrei em uma das portinhas, fechei e me sentei na privada. Peguei o cartão novamente, olhei-o por um minuto, analisei e abri com um pouco de medo do que poderia conter ali:
“Meu amor, desculpa pela surpresa, sei que você talvez não gostasse de receber noticias minhas em pleno colégio, mas eu não arrumei outra forma de me comunicar com você. Te seguir novamente não seria uma boa atitude, eu te respeito e quero me aproximar se você mesma permitir isso. Estarei hoje na ponte, no horário do fim da sua aula. Espero que você possa me dar uns minutos do seu tempo, precisamos conversar, me deixe por favor esclarecer algumas coisas entre nós. Mil beijos minha linda! Esperarei ansioso pela sua presença. Danton!”
Fiquei boquiaberta com a ousadia que Danton tinha para me procurar, me fazer surpresas e principalmente, me conquistar. Era difícil admitir isso pra mim mesma, mas eu não podia mais me enganar por tanto tempo. Tentei esquecê-lo enquanto havia distancia entre nós, mas acho que aquele não era meu destino.Ao sair do banheiro, levei as flores até a cantina e pedi para um dos cantineiros colocarem em um vaso com água para mim que no final da aula eu passaria pra pegar. Voltei à sala de aula o mais de pressa que pude e me sentei em minha carteira com a cabeça já abaixada fingindo voltar rapidamente ao meu antigo exercício para ver se assim eu seria menos notada, mas não adiantou muito. Todos estavam me olhando e minhas amigas me lançavam olhares de curiosidade e fúria. Eu sabia que elas estavam me condenando por não ter contado nada a elas sobre um suposto romance. Passei os 2 último horários planejando minha fuga rápida para o fim da aula. Eu queria sair despercebida para que ninguém chegasse perto querendo respostas. E assim eu consegui fazer, deixei até mesmo as flores na cantina, afinal, eu não teria desculpa pra dar a minha avó sobre mais flores. Quando dei por mim já estava afobada e apontando na ponte. Danton me esperava debruçado em uma grade da ponte e parecia absorto em seus pensamentos. Cheguei de mansinho, me apossei do lugar ao lado dele a direita, coloquei meu braço colado no dele e foi ai que ele pareceu acordar do sonho bom que vagava em seus olhos. Ele me observou com um doce maior no olhar, tocou minhas mãos e levou uma delas nos lábios. Meu coração acelerava a qualquer toque e aproximação dele. Respirei fundo e tentei manter minha calma do dia anterior. O momento do encontro de nossos olhares e peles parecia parar o tempo e nos levar a eternidade mesmo sem palavras sendo pronunciadas até então. Naquela hora eu senti que estava com a pessoa certa, na hora certa e no lugar certo. Eu tive a certeza de ter encontrado o amor da minha vida.
Eu já estava no colégio, sentada na minha carteira, concentrada em um cálculo matemático, quando o professor pediu a atenção de toda a sala lá da frente e pudemos notar que o porteiro do colégio estava lá parado na porta esperando como se quisesse dar um recado. Sr. Carlos, o porteiro, meu amigo de todas as manhãs deu um passo mais a frente na porta e chamou pelo meu nome. Levantei-me apreensiva pensando em mil coisas que poderiam estar acontecendo para ele vir me dar algum recado assim de urgência no meio de uma aula. Mas ao me aproximar da porta, Sr. Carlos pegou das mãos de um outro rapaz que o acompanhava timidamente, um lindo arranjo de rosas amarelas e colocou em meus braços. Nesse momento eu me senti totalmente perturbada e envergonhada. A sala inteira fazia barulho e demonstrava curiosidade enquanto eu queria apenas esclarecer aquele mal entendido. Aquelas flores com certeza não eram pra mim, eu estava participando de um grande engano. Fiz menção de devolver as flores para o Sr. Carlos, mas ele abanou as mãos dizendo que não eram pra ele e deu um sorriso animador à turma como se estivesse gostando da euforia que faziam pra mim. O professor também parecia estar se divertindo com a situação e apenas disse para eu pegar o cartão azul que estava no meio das flores. Já estava sendo constrangedor tudo aquilo, ler o cartão na frente de todos seria ainda pior. Pedi permissão pra sair de sala e ir pelo menos ao banheiro. O professor deixou, mas a sala fez som de desaprovação, queriam mesmo saber o que tinha ali e o que estava acontecendo, afinal, eu sempre fui uma menina sem graça, ninguém me notava e muito menos sabiam da minha vida monótona. Fui o mais depressa que pude ao banheiro mais perto da quadra do colégio, pois eu sabia que ele era o mais vazio naqueles horários. Chegando lá eu tive pelo menos certeza da minha privacidade. Entrei em uma das portinhas, fechei e me sentei na privada. Peguei o cartão novamente, olhei-o por um minuto, analisei e abri com um pouco de medo do que poderia conter ali:
“Meu amor, desculpa pela surpresa, sei que você talvez não gostasse de receber noticias minhas em pleno colégio, mas eu não arrumei outra forma de me comunicar com você. Te seguir novamente não seria uma boa atitude, eu te respeito e quero me aproximar se você mesma permitir isso. Estarei hoje na ponte, no horário do fim da sua aula. Espero que você possa me dar uns minutos do seu tempo, precisamos conversar, me deixe por favor esclarecer algumas coisas entre nós. Mil beijos minha linda! Esperarei ansioso pela sua presença. Danton!”
Fiquei boquiaberta com a ousadia que Danton tinha para me procurar, me fazer surpresas e principalmente, me conquistar. Era difícil admitir isso pra mim mesma, mas eu não podia mais me enganar por tanto tempo. Tentei esquecê-lo enquanto havia distancia entre nós, mas acho que aquele não era meu destino.Ao sair do banheiro, levei as flores até a cantina e pedi para um dos cantineiros colocarem em um vaso com água para mim que no final da aula eu passaria pra pegar. Voltei à sala de aula o mais de pressa que pude e me sentei em minha carteira com a cabeça já abaixada fingindo voltar rapidamente ao meu antigo exercício para ver se assim eu seria menos notada, mas não adiantou muito. Todos estavam me olhando e minhas amigas me lançavam olhares de curiosidade e fúria. Eu sabia que elas estavam me condenando por não ter contado nada a elas sobre um suposto romance. Passei os 2 último horários planejando minha fuga rápida para o fim da aula. Eu queria sair despercebida para que ninguém chegasse perto querendo respostas. E assim eu consegui fazer, deixei até mesmo as flores na cantina, afinal, eu não teria desculpa pra dar a minha avó sobre mais flores. Quando dei por mim já estava afobada e apontando na ponte. Danton me esperava debruçado em uma grade da ponte e parecia absorto em seus pensamentos. Cheguei de mansinho, me apossei do lugar ao lado dele a direita, coloquei meu braço colado no dele e foi ai que ele pareceu acordar do sonho bom que vagava em seus olhos. Ele me observou com um doce maior no olhar, tocou minhas mãos e levou uma delas nos lábios. Meu coração acelerava a qualquer toque e aproximação dele. Respirei fundo e tentei manter minha calma do dia anterior. O momento do encontro de nossos olhares e peles parecia parar o tempo e nos levar a eternidade mesmo sem palavras sendo pronunciadas até então. Naquela hora eu senti que estava com a pessoa certa, na hora certa e no lugar certo. Eu tive a certeza de ter encontrado o amor da minha vida.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
A chuva aperfeiçoou o momento
Uma dança na chuva. Era tudo de melhor que eu poderia ver naquele momento. Incrível sintonia de corpos que se moviam livremente e lindamente como se tivessem nascido sabendo fazer toda aquela sincronia maravilhosa até mesmo debaixo de chuva. Apesar de que vale ressaltar que a chuva deu um ar de mais graciosidade e emoção a tudo por ali. A arte de dançar... Sempre me fascinou, e olha que eu nem tenho muita intimidade com essa área. Mas aquela dança, aquele acontecimento, chamou mais a minha atenção do que normalmente eu teria dado. Acrobacias, malícias e perfeição. Uma mistura de toda uma sabedoria de corpos. De dar inveja. De dar vontade de também saber participar de tal ritual. Uma pena que nem tudo se aprende olhando e muito menos em poucos minutos. Certos dons também não se aprendem a ter, pelo contrário, deve-se desistir de alcançar mesmo. A não ser que se tenha sorte na próxima vida. Pois bem... O colírio dançante foi finalizado com um beijo na chuva. Não tinha como não derreter. Acho que todo mundo já sonhou com um momento assim na vida. Especialmente se for como aconteceu para os dois principais em que eu focava minha atenção. A química deles era incrivelmente incrível. Também era de dar inveja. Também era de dar vontade de se viver algo exatamente assim. O beijo foi pra lá de romântico. Foi sincero e inocente, por isso se fez tão lindo pra quem assistia. Realmente basta ter o momento certo, a hora certa, o lugar certo e a pessoa certa. Assim tudo se faz perfeito e inesquecível.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Ah! O amor!
Frio na barriga. Respiração lenta ou a falta dela. Mãos suando. Borboletas proliferando no estômago. Sorriso contente nos lábios. Lágrimas nos olhos. Nó na garganta. Aceleração no coração. Pernas bambas. Arrepios. Calafrios. Carinho. Compaixão. Respeito. Amizade. Fofura. Compreensão. Cumplicidade. Fidelidade. Sinceridade. Verdade. Paixão. Admiração. Alegria. Felicidade. Empolgação. Certezas. Entregas da alma. Um Eu Te Amo na mente. Tudo isso e mais um pouco do incrível e inexplicável Amor. Não esperava por ele tão cedo. Não buscava por ele nesse momento da vida. Sempre quis, sempre busquei, sempre esperei. Ele só deu o ar de sua graça quando enfim parei de lutar por ele. É como se ele quisesse fazer surpresa quando eu não estava mais precisando ou querendo. Não basta querer.
Uma vida e muitas desilusões. Uma vida e muitas angústias. Uma vida e muitas falsidades. Uma vida e muitas experiências. Coração estava calejado. O tempo se tornava meu melhor amigo. O amadurecimento floria em mim. Já não buscava mais pelo que fugia de mim. Andei com o vento e não mais contra ele. Olhei pro horizonte e enxerguei minhas muitas possibilidades. Sonhei com meu futuro promissor. Planejei tudo de bom que eu desejava para mim e mais ninguém. Busquei caminhar sozinha. O amor tem apreços por quem aprende fazer das tristezas, aprendizados. Ele me encontrou. Sem pedir. Ele me mostrou que existe. Ele provou que é o melhor. Ele fez de mim uma amante incapaz de transmitir ao mundo sobre seus poderes. Seu brilho está contido nos olhos de quem me olha. Meu correspondente fez pacto com um anjo cupido. Sou grata por isso. O amor. O cupido. O correspondente do meu sentimento. Fizeram de mim um coração preenchido. Deram ao meu sorriso alegria constante. Deram a minha alma paz incondicional. Deram ao meu coração mais trabalho. Tiraram dos meus pulmões o ar. Como é bom amar!
Uma vida e muitas desilusões. Uma vida e muitas angústias. Uma vida e muitas falsidades. Uma vida e muitas experiências. Coração estava calejado. O tempo se tornava meu melhor amigo. O amadurecimento floria em mim. Já não buscava mais pelo que fugia de mim. Andei com o vento e não mais contra ele. Olhei pro horizonte e enxerguei minhas muitas possibilidades. Sonhei com meu futuro promissor. Planejei tudo de bom que eu desejava para mim e mais ninguém. Busquei caminhar sozinha. O amor tem apreços por quem aprende fazer das tristezas, aprendizados. Ele me encontrou. Sem pedir. Ele me mostrou que existe. Ele provou que é o melhor. Ele fez de mim uma amante incapaz de transmitir ao mundo sobre seus poderes. Seu brilho está contido nos olhos de quem me olha. Meu correspondente fez pacto com um anjo cupido. Sou grata por isso. O amor. O cupido. O correspondente do meu sentimento. Fizeram de mim um coração preenchido. Deram ao meu sorriso alegria constante. Deram a minha alma paz incondicional. Deram ao meu coração mais trabalho. Tiraram dos meus pulmões o ar. Como é bom amar!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Tudo por elas
É olhando para trás que se sente falta das amigas do jardim de infância, das bagunças da escola e das fofocas do colegial. Há quem diga que no futuro tudo é melhor, mais intenso e em mais quantidade e qualidade. Hoje eu vejo que discordo disso. Sou toda ouvidos quando alguém mais velho e mais sábio me dedica conselhos para a vida, mas em relação a amizade eu simplesmente dispenso. Quer dizer... Não é bem dispensar, e sim deixar entrar em um ouvido e sair pelo outro. Descobri que eu mesma depois de certas etapas da vida pude perceber sozinha o valor de cada amizade, a diferença entre colega e amiga, a diferença entre conhecer e conviver, pude perceber também como tudo evolui e simplesmente se torna mais difícil. As amigas e a amizade é um dos pontos mais fortes de nossa sobrevivência social no mundo. Sem elas e sem esse tipo de relacionamento eu me julgaria uma quase ninguém. É por todas elas e por tudo isso que eu concluo que quanto mais o tempo passa e quanto mais eu enfrento as responsabilidades de criar um futuro sucessor seja profissional ou pessoal, eu me vejo cada vez mais distante de muitas delas. Lembro-me de ainda estar no colégio quando finalmente a ficha caiu e vi que depois de tudo ali, vinha faculdades, caminhos totalmente diferentes, até mesmo cidades diferentes, turmas, passeios, viagens... Tudo iria sair da minha realidade. Eu chorava e chorava, seja sozinha ou num colo de uma das minhas amigas, pedindo por promessas de que nunca iríamos perder contato. As promessas eram feitas, mas se elas vão valer eternamente, só o tempo pode me provar. Hoje não choro mais, acostumei já com a distancia entre algumas, com a falta de tempo de outras e etc. Mas conformar? Isso não cabe em mim. Não gosto de viver fazendo lamentações, mas faço mesmo assim. Amigas são poucas e boas. Ao decorrer de toda uma vida é que se constata realmente quem são todas elas. Jóias raras e caras. Por isso sei que cada vez mais, cada uma toma seu rumo, segue seu caminho e assim vai construindo suas histórias como eu mesma tenho feito em minha vida, mas jamais deixando de querer compartilhar de tudo com isso elas. Longe ou perto, com tempo ou sem tempo, demorando ou não, eu sempre arrumo um jeitinho de falar com cada uma e além de contar sobre tudo que passo, também busco saber sobre tudo que elas andaram passando. Amizades verdadeiras, de coração aberto, sinceridade na alma, fidelidade na cabeça, e passado, presente e futuro no livro de nossas vidas. Elas sim, entraram pra não sair. O mundo dá voltas, a vida segue em frente e cada uma em sua rota, mas nenhuma deixando de lembrar dos verdadeiros corações que um dia mexeram com a gente. Corações amigos, corações sinceros, corações cheios de amor para uma vida inteira, seja ontem, hoje ou amanhã. Esse tipo de amiga não se acha em qualquer esquina e qualquer faculdade que se faça na vida. Tudo bem que existem exceções e mais jóias raras pra se acrescentar a coleção, mas não com a facilidade e grandeza de antes. Esse tipo de amiga simplesmente descobrimos ter por anos de verdades juntas. Não importa o que aconteça, não importa onde vocês estejam. Perdoem-me se falto com algumas de vocês. Na minha cabeça e no meu coração sempre tenho espaço e tempo pra todos e todas. Eu amo vocês!!
Assinar:
Postagens (Atom)