quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Meu encontro nas manhãs
Aqueles olhos dourados e apreensivos inicialmente, pousaram em mim, causando um fervilhão ao meu coração. Meu estômago lotado de borboletas nervosas, minhas mãos cheias de formiguinhas agitadas. Não sabia se devia recuar o meu olhar ou se manter aquele repentino encontro seria boa coisa. Nervosa eu já estava. Mas mais nervosa eu ficava à medida que a expressão daquele belo rosto se mantinha calma enquanto a minha devia estar entregando todo o jogo. Eu não queria perder o contato daqueles profundos olhos sobre mim, mas também não queria mais dar certeza do meu interesse. O que ele estaria pensando afinal? Neste momento eu trocaria meu coração pelos pensamentos dele. A dúvida consome mais do que a dor de não ter, pelo menos assim parece ser nesse momento. Como eu queria ter esse mar de mistérios mais próximos de mim. Como eu queria poder ao menos tocar aquilo que logo me fascinava mesmo eu desconhecendo totalmente. O pouso daqueles olhos em mim por segundos me levou a imersos sonhos e pensamentos, mal sabendo o dono desses belos par de olhos que ele poderia me levar a uma eterna vida de sonhos caso me olhasse dessa forma por mais tempo ou ao menos me desse chance de uma maior proximidade. Quando notei que aquela ligação seria rompida entre nós, me afligi. Devo ter demonstrando todo o resto dos meus desejos nesse momento, afinal, meu semblante me entrega quase toda vez que perco o controle de mim mesma ao me perder em algo tão obscuro. Tentei me prender a aquela ultima imagem em seus olhos, dourados e profundos, suficientemente belos para o meu exagero de vontades. Enfim, isso é tudo o que consigo todas as manhãs. Um encontro contigo, no seu olhar, e nossos pensamentos voando, sem saber afinal, quando se encontrarão também. Se é que um dia vão se encontrar.
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