sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Eu por mim mesma

As luzes da cidade. Prédios brilhantes, grandes, muito bem iluminados. Esse jogo de cores no meio da escuridão da noite é um fascínio aos olhos de um expectador. Dá vontade de sentar em uma poltrona grande, macia, aconchegante, cheia de almofadas e com uma caneca de chocolate quente nas mãos, ficar observando em frente a maior janela da sala, essa noite que nos permite ter vontade de sonhar. Uma noite dessas é especialmente apreciada por talvez, americanos. Lá se encontram uma maior aglomeração de prédios e luzes assim. Quem sabe Nova York? Seria uma vida e tanto. Um momento único e solitário, mas de grande valor. Sem um pai pra cobrar a hora de dormir, sem uma irmã pra perguntar por que eu estaria ali sentada sozinha, sem um marido pra fazer exigências... Depois de muito tempo imaginando noites e mais noites ao lado de uma pessoa especial, eu paro e me dou conta de que essa pessoa especial é o que eu menos deveria desejar. Esse individualismo lindo em uma noite mais fria e bonita de se admirar é também uma forma de ser feliz pelo lado mais simples da vida. É pensando em coisas assim que me dou a permissão de refletir sobre o quanto eu talvez fique melhor sozinha, ou pelo menos sonhando só por mim e pra mim. Ninguém pode fazer o meu mundo melhor ou pior. Eu sou quem crio e reinvento a minha vida e a minha forma de ser feliz.

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